A juíza de Direito Ana Paula de Medeiros Braga Bussulo, que presidia a Sessão de Julgamento da Ação Penal nº. 0042054-25.2002.8.04.0001 da 2.ª Vara do Tribunal do Júri da Comarca de Manaus, adiou a sentença do caso depois de dois dias de julgamento. Agora, uma nova sessão será pautada pela 2.ª Vara do Tribunal do Júri. A previsão é para o primeiro semestre de 2023.
A sessão foi interrompida no momento em que o advogado Aniello Miranda Aufiero fazia a sustentação oral na defesa do réu Hilton Laborda às 18h40, quando uma senhora presente no plenário, assistindo à sessão juntamente com os familiares da vítima, levantou-se e se aproximou do Conselho de Sentença, proferindo palavras como: “já se passaram 20 anos, não absolvam, eles tem dinheiro, não escutem o advogado!”.
A Juíza-Presidente determinou que a senhora cessasse sua manifestação, porém esta não obedeceu, sendo contida, em seguida, por Oficial de Justiça e Policiais Militares e levada para fora do plenário. Diante disso, a sessão foi suspensa pela magistrada por 05 (cinco) minutos.
No retorno, a defesa de todos os réus requereu a dissolução do Conselho de Sentença, em razão da manifestação poder ser capaz de influenciar os jurados a ponto de decidirem contrariamente à sua íntima convicção e imparcialidade. Dada a palavra, o Ministério Público manifestou-se desfavoravelmente ao pleito, por não vislumbrar nulidade do julgamento. Isto posto, a Juíza-Presidente, em razão da contundente manifestação ocorrida durante a sessão, e da possibilidade de mácula do julgamento do Conselho de Sentença, deliberou pela dissolução do Conselho de Sentença. Diante da deliberação, a sessão foi encerrada às 18h51min.