A temporada 2022 da Fórmula 2 chega ao fim neste final de semana, com corridas em Abu Dhabi nos dias 19 e 20 de novembro. E mesmo que a categoria já tenha o brasileiro Felipe Drugovich como campeão, ainda tem coisa muito importante a ser decidida, e que impacta diretamente a Fórmula 1 para 2023.
Drugovich tem 241 pontos e é seguido por Théo Pourchaire, da ART Grand Prix, que tem 164. Atrás dos dois, uma fila equilibrada briga por posições finais: Logan Sargeant (Carlin) tem 135, Jack Doohan (Virtuosi) tem 126, Jehan Daruvala (Prema) tem 126, Enzo Fittipaldi (Charouz) tem 126, Liam Lawson (Carlin) tem 123, Frederik Vesti (ART) tem 117, Ayumu Iwasa (Dams) tem 114 e Jüri Vips (Hitech) tem 110.
Entre todos eles, o principal interessado na etapa de Abu Dhabi é Logan Sargeant. O norte-americano já foi anunciado pela Williams como piloto titular na temporada 2023, mesmo sem ter a Superlicença da FIA.
Até outubro, quando disputou o primeiro treino livre do GP dos EUA de Fórmula 1, Sargeant tinha 27 pontos, dos 40 exigidos para o documento da FIA. Parece pouco, mas a projeção era otimista para ele.
Com participações em três treinos livres pela Williams (EUA, México e Abu Dhabi), Sargeant somaria mais três pontos à conta e chegaria a 30. Assim, precisaria de apenas mais 10 para carimbar o passaporte e garantir vaga na Fórmula 1.
Como conseguir? Pelo desempenho na Fórmula 2. Os três primeiros de cada temporada já somam 40 pontos – o que, no caso de Sargeant, asseguraria com folga a licença. Mas ele pode somar o que precisa com menos do que isso: o quarto lugar na temporada leva 30 pontos, o quinto leva 20 pontos e o sexto leva 10. Um Top 6 no ano coloca o norte-americano ao lado de Alexander Albon na Williams em 2023.
(Tudo isso, é claro, dentro das condições ideais. Logan Sargeant ainda pode ser punido por algum motivo e perder pontos da Superlicença, por exemplo.)
Parece uma missão simples, mas não é. Em 13 etapas até aqui, Sargeant oscilou: marcou 28 pontos (com uma vitória) em Silverstone, mas passou zerado em Jedá. Nas etapas mais recentes, somou um ponto em Zandvoort e cinco em Monza. Como há 39 pontos em disputa por etapa, o jovem da Flórida corre uma boa dose de risco.
Caso a missão não se cumpra, a Williams já admitiu que deverá correr para buscar um plano B. Neste caso, a alternativa deve ser um piloto experiente, possivelmente alguém já com experiência na Fórmula 1, mas sem contrato para 2023. Palpites?