O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) segue em viagem na América do Sul para cumprir a primeira agenda internacional neste terceiro mandato. Nesta quarta-feira (25/1), o Lula desembarca em Montevidéu, no Uruguai, para se encontrar com o presidente uruguaio, Luis Alberto Lacalle Pou.
A agenda dos dois acontece em meio a tratativas do acordo de livre comércio entre Uruguai e China, o que dificultaria as pretensões de Lula para o fortalecimento do Mercosul. Na prática, a iniciativa sino-uruguaia colocaria em xeque a Tarifa Externa Comum do bloco local.
O líder brasileiro desembarca por volta das 11h desta manhã na capital uruguaia. O encontro de Lula com Lacalle Pou está previsto para o meio-dia de hoje. Depois, no final da tarde, o petista tem agenda com o amigo de longa data, o ex-presidente Pepe Mujica.
Pimenta sobre Uruguai
Na última terça-feira (24), o ministro da Secretaria de Comunicação, Paulo Pimenta (PT), defendeu a integração regional, do ponto de vista econômico, da América do Sul e o fortalecimento do Mercosul. Segundo ele, o acordo do Uruguai com a China surgiu quando o Brasil estava afastado das relações com os vizinhos, mas que, agora, o país dele liderar esse protagonismo do bloco.
“A partir do momento em que o Brasil retorna para a Celac, a partir do momento em que o Brasil retoma o tema do Mercosul e da Unasul com força, é evidente que, pela força econômica, política, geográfica e tudo aquilo que o Brasil representa, isso altera esse cenário”, disse o ministro.
“País amigo”
Pimenta reforçou que o Brasil quer dialogar com o Uruguai, classificado por ele como um “país amigo”. Para o petista, o Mercosul deve ser prioridade nas estratégias econômicas regionais.
“Nós esperamos que esse sinal e compromisso seja suficiente para que cada um dos países recoloque o tema do Mercosul como prioridade nas estratégias econômicas. Nós queremos dialogar com todos, particularmente com o Uruguai, um país tão próximo, tão amigo nosso, para que possamos pensar uma estratégia na região não como uma estratégia individual em cada país, mas como uma estratégia comum dentro do bloco”, respondeu Pimenta a jornalistas.