Quarenta e um bombeiros e especialistas em resgates de desastres foram destacados pelo governo brasileiro para ajudar no resgate de desaparecidos na Turquia, onde um terremoto de magnitude 7,8 graus na escala Richter devastou a região central do País.
Também severemente afetada pelos terremotos desta semana, a Síria, país dividido por uma guerra civil, não teve ajuda oficialemte anunciada pelo Brasil até esta quarta-feira (8/2).
O terremoto seguido de mais de 70 réplicas até esta quarta-feira já matou mais de 11,2 mil pessoas nos dois países. A Organização Mundial da Saúde (OMS) estima que até o fim das buscas o número suba para cerca de 20 mil pessoas. Não há informação sobre brasileiros mortos, feridos ou desaparecidos.
Um avião da Força Aérea Brasileira levará nesta quarta-feira (8), com voo previsto para o meio da tarde, 26 bombeiros de São Paulo, seis de Minas Gerais, seis do Espírito Santo e três integrantes do Centro Nacional de Desastres.
Quatro cães de salvamento também fazem parte da equipe. São três cadelas da raça pastor-belga-malinois e uma labradora.
Desde as primeiras horas da manhã, policiais militares ficaram de prontidão para embarcar para a Turquia a partir de São Paulo.
Na segunda-feira (6/2), logo após o terremoto o Itamaraty afirmou que estava “providenciando formas de oferecer ajuda humanitária às populações afetadas pelo terremoto”.
“Não há, até o momento, notícia de brasileiros mortos ou feridos”, diz o governo brasileiro.
Segundo a nota, as embaixadas do Brasil em Ancara e Damasco, bem como o consulado-geral do Brasil em Istambul, estão acompanhando os desenvolvimentos no terreno, em regime de plantão.
Comunidade internacional
Nesta quarta-feira (8/2), a Bélgica também enviou à Turquia especialistas em resgate.
Ao todo, cerca de 40 nações enviaram algum tipo de ajuda à Turquia e à Síria. A Organização das Nações Unidas (ONU) afirmou que os sírios precisam “urgentemente” de auxílio, também se dizendo pronta para enviar apoio. A Organização Mundial da Saúde (OMS) também presta suporte.
Um dos principais aliados da Síria, a Rússia enviou dez unidades das Forças Armadas, com mais de 300 soldados, de acordo com o ministério da Defesa do país. Essas tropas se concentram principalmente em Aleppo, Hama e Latakia.
O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, tambem autorizou auxílio imediato aos países. Ele conversou com o presidente turco, Recep Tayyip Erdogan.
O Catar e o Kuwait, por sua vez, anunciaram a abertura de pontes aéreas e envio de equipes especializadas, incluindo veículos, suprimentos para o inverno e material para montagem de hospitais de campanha.
Também haverá auxílio de tropas da França e Espanha, totalizando mais 200 pessoas. O mecanismo de resposta a crises foi ativado na União Europeia para coordenar as ações de ajuda.
O presidente da Coreia do Sul, mYoon Suk-yeol, disse estar pronto para ajudar a Turquia “de todas as maneiras possíveis”, relembrando a aliança na Guerra da Coreia.
Também serão enviadas mais de 15 toneladas de equipamento de busca e resgate da Holanda.
Outras nações que decidiram apoiar as operações de busca e resgate são Iraque, Palestina, Áustria, Reino Unido, Paquistão, Alemanha e República Theca, com suprimentos médicos de emergência, primeiros socorros e suprimentos de abrigo e remédios e combustível.
Além dos países, organizações civis também providenciaram auxílio humanitário, como a Médico Sem Fronteiras. A Cruz Vermelha Internacional também lançou um fundo para assistência.