O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou nesta sexta-feira (24/2) que é “urgente” países que não estão envolvidos na guerra entre Rússia e Ucrânia negociem paz entre os países.
A declaração do líder brasileiro foi feita em rede social no dia que a invasão de Moscou a Kiev completa um ano, iniciada em 24 de fevereiro de 2024. O conflito já deixou milhares de mortos, número expressivo de refugiados em países da União Europeia e cidades sob escombros.
“No momento em que a humanidade, com tantos desafios, precisa de paz, completa-se um ano da guerra entre a Rússia e a Ucrânia. É urgente que um grupo de países, não envolvidos no conflito, assuma a responsabilidade de encaminhar uma negociação para restabelecer a paz”, publicou Lula.
A mensagem do presidente brasileiro acontece um dia depois da Rússia admitir que estuda proposta de Lula para paz no conflito. Declaração foi divulgada pela agência de notícias estatal do Kremlin.
“Tomamos conhecimento das declarações do presidente do Brasil sobre o tema de uma possível mediação, a fim de encontrar caminhos políticos para evitar a escalada na Ucrânia e corrigir erros de cálculo no campo da segurança internacional com base no multilateralismo e considerando os interesses de todos os atores. Estamos examinando as iniciativas, principalmente do ponto de vista da política equilibrada do Brasil e, claro, levando em consideração a situação 'no terreno'”, disse o vice-ministro das Relações Exteriores, Mikhail Galuzin.
O que disseram outros líderes mundiais?
O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, fez publicações nas redes sociais sobre o conflito entre Rússia e Ucrânia. “Um ditador empenhado em reconstruir um império nunca apagará o amor do povo pela liberdade. A brutalidade nunca destruirá a vontade dos livres”.
No dia que completa um ano da invasão, Biden disse que a Ucrânia ainda é independente e livre. “De Kherson a Kharkiv, combatentes ucranianos recuperaram suas terras. E em mais da metade do território ocupado pela Rússia no ano passado, a bandeira ucraniana tremula orgulhosamente mais uma vez”.
“A Ucrânia é um testemunho da bravura de uma nação que nunca cederá em sua busca pela liberdade. A Ucrânia prevalecerá porque os ucranianos não recuam nem recuarão, e porque a Europa e os seus parceiros e aliados permanecerão firmes”, afirmou a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen.
"Hoje é o aniversário de um ano da Guerra Russo-Ucraniana. Até agora, todo o povo da Ucrânia resistiu à agressão da Rússia com vontade inabalável, defendendo e trabalhando duro para recuperar cada centímetro do território da Ucrânia. Não são apenas soldados lutando na linha de frente, há barbeiros que trabalham na barbearia de manhã e usam uniformes”, postou o presidente do Taiwan, Tsai Ing-wen.
“Ucranianas e ucranianos, a França está ao seu lado. À solidariedade, à vitória e à paz”, afirmou o presidente francês Emmanuel Macron.
“Há um ano, a Rússia trava uma guerra implacável de agressão contra a Ucrânia. A Alemanha está firmemente ao lado de Kiev – também no futuro. Quanto mais cedo Putin perceber que não alcançará seu objetivo imperialista, mais será a chance do fim da guerra”, pontuou o chanceler alemão, Olaf Schoulz.