O prefeito de Manaus, David Almeida, acompanhado pelo presidente e diretor-executivo da organização internacional United Earth, Marcus Nobel, lançou ontem (27/2) o projeto que vai dar à capital amazonense uma escultura do Prêmio United Earth Amazônia, como um novo legado do Prêmio Nobel na cidade. O lançamento aconteceu no complexo turístico Ponta Negra, zona oeste, onde a obra será instalada.
Durante o discurso, o chefe do Executivo Municipal afirmou que a escultura será um símbolo de sustentabilidade a nível mundial.
“Com essa visibilidade que vamos ganhar, nós queremos mostrar a Amazônia de dentro para fora, daqueles que sabem preservar, daqueles que são os maiores preservadores da maior floresta tropical do mundo, e é isso que nós queremos fazer, sair de coadjuvantes em uma discussão que somos protagonistas, para que nós possamos dizer para o mundo, o que nós queremos. Aqui que está a maior biodiversidade, é aqui que nós temos que preservar e nós temos muito o que mostrar para o mundo”, disse Almeida.
A proposta é que a escultura seja iluminada internamente por meio de painéis solares, e o Instituto Municipal de Planejamento Urbano (Implurb) ficará responsável pela implantação da obra. Sua criação foi baseada nos seis pilares da United Earth Amazônia – fauna, flora, ar, água, recursos naturais e humanidade –, todos integrados e com os valores éticos da família Nobel, com a missão de unir os povos e as nações em torno de um futuro mais sustentável.
Segundo o diretor-presidente do Implurb, Carlos Valente, a escultura marcará um novo momento do meio ambiente na capital amazonense.
“Esse simbolismo que nós vamos implementar vai concretizar essa visão que o mundo tem de Manaus, como capital da Amazônia, e isso traz responsabilidades maiores, queremos evidenciar o nosso compromisso com o planejamento urbano sustentável, com uma série de programas da prefeitura que valorizam o equilíbrio ambiental, o uso sustentável da nossa cidade e dos nossos recursos”, frisou Carlos Valente.
Cada face é um desenho estilizado que mostra o homem de braços estendidos como se estivesse acolhendo todos os elementos da natureza e suas forças, que se unem e se encaixam montando uma esfera que representa a Terra. De autoria do artista premiado mundialmente Darlan Rosa, a obra terá cinco metros de diâmetro, esculpida em aço inoxidável, material resistente às intempéries e que não necessita de manutenção, além de ser um produto dos mais recicláveis disponíveis no mercado.
A curadoria da obra é de Silvana Borges, coordenadora de projetos globais e conceituais de arte e design da LCTM BrandBuilder, que trabalhou na criação do conceito do prêmio, que precisava referendar projetos com foco em salvar e proteger a natureza e o planeta.
Sobre o artista
Nascido em Minas Gerais, Darlan Rosa é artista multimídia, escultor, vive e trabalha na capital brasileira. Como escultor, tem realizado trabalhos relevantes completando o conceito escultura da cidade-monumento Brasília. A capital brasiliense, tombada pelo patrimônio cultural mundial e conhecida pela inovadora arquitetura de Oscar Niemayer, se tornou o ambiente perfeito para acolher as esculturas de Darlan. E inúmeras obras dele estão instaladas em locais públicos, palácios, monumentos e museus, se juntando ao símbolo do modernismo mundial, entre eles o original conjunto escultórico do Memorial JK, em homenagem ao centenário do presidente Juscelino Kubitscheck.
Darlan compartilha sua arte em vários países, como França, Jordânia, Palestina, Alemanha, Canadá, entre outros. Sua arte se estende também além das esculturas, em trabalho que desenvolve digitalmente especialmente elaborado para NFTs.