País – O presidente da Câmara Arthur Lira (Progressistas) afirmou, nesta quinta-feira (6), em entrevista ao BandNews TV que o grupo político do partido não quer os ministérios da Saúde ou do Desenvolvimento e Assistência Social (veja a entrevista completa acima).
O parlamentar detalhou em entrevista aos jornalistas Túlio Amancio, Mônica Bergamo e Patrícia Rocha os bastidores da Câmara e falou sobre os próximos passos da tramitação da Reforma Tributária, prevista para ser votada ainda nesta quinta-feira (6) no plenário da Casa.
“É mentira! O presidente da Câmara nunca, com nenhum ministro ou com o presidente da República, solicitou qualquer Ministério, muito menos o Ministério da Saúde. Todos os ministérios são do presidente Lula”, afirmou Lira. “Por parte do presidente da Câmara, definitivamente, é uma mentira repetida mil vezes para se tornar verdade e não há uma testemunha viva neste governo que diga que o presidente da Câmara solicitou para si ou para seu grupo qualquer ministério”, completou.
“Todos os ministérios são do governo que o presidente foi eleito. São assessores diretos, nomeados por ele, ninguém faz concurso, ninguém recebe voto para ser Ministro de Estado. É uma nomeação pessoal do presidente, lógico com uma articulação política para formar a sua base”, acrescentou.
O presidente da Câmara pontuou que “o grupo intitulado do Lira” são os 464 deputados da Casa e reforça que todos votaram com ele, desde o PT ao PL. “Internamente eu trato todos com a mesma tranquilidade, paciência e diálogo”, disse.
Para o político, o importante para o governo é que tenha votos no plenário da Câmara, o que facilita o trabalho do Executivo. Lira reforçou que quanto mais fácil for para o governo federal, “mais fácil é o papel para entregar as pautas que o Brasil precisa”.
“Muitas vezes sem uma tranquilidade política de uma base, o governo sofre para aprovar. Sò nós sabemos da dificuldade de aprovar a PEC da Transição, o arcabouço fiscal, a MP da reestruturação dos ministérios sem uma base sólida porque os parlamentares de um sistema democrático não tem a obrigação, se os partidos não forem da base de apoio, em votar em matérias do governo. Nem a imprensa nem ninguém vai obrigar democraticamente um parlamentar a votar em matérias do governo sem ele se sentir parte do governo”, acrescentou o presidente da Câmara.