Manaus (AM) – A Polícia Civil do Amazonas apresentou o resultado da operação que resultou na prisão do principal suspeito da morte da jovem grávida Débora da Silva Alves (18), após Gil Romero Machado Batista (41) chegar a Manaus no final da tarde de quarta-feira (9), conduzido por policiais da Delegacia Especializada em Homicídios e Sequestros (DEHS).
Com a captura de Gil Romero, as investigações avançam para novos desdobramentos, dos quais um deles é efetuar a prisão de Ana Julia Azevedo Ribeiro (29), esposa do suspeito. De acordo com o titular da DEHS, Ricardo Cunha, ela mentiu em depoimento quando interrogada antes do aparecimento do corpo da vítima e, após o encontro, não foi mais localizada pela polícia.
"Ela [Ana Julia] mentiu o depoimento inteiro. Foram diversas contradições encontradas e, logo após o aparecimento do corpo, nós tentamos contato com ela novamente, mas ela já havia sumido. Atualmente, a Ana Júlia está em local incerto, razão pela qual entendemos que ela precisa, sim, ser encarcerada e responder algumas perguntas. Ela é uma pessoa foragida”, ressaltou o delegado durante coletiva de imprensa.
O titular da DEHS também pediu ajuda à população para localizar a esposa de Gil Romero. Informações a respeito dela devem ser repassadas para os números (92) 98118-9535, disque-denúncia da DEHS, ou 181, da Secretaria de Segurança Pública do Amazonas (SSP-AM).
Pagamento de R$ 500
A delegada adjunta da DEHS, Débora Barreiros, disse que Gil Romero afirma ter pago a quantia de R$ 500 para que José Nilson, preso no dia 3 de agosto por envolvimento no crime, desse um “corretivo” na jovem, a fim de que ela não atribuísse mais a ele a paternidade do bebê, mas que o suspeito nega a intenção de assassinar Débora.
“Num primeiro momento, o Gil Romero nega que tenha feito qualquer coisa. Ele, inclusive, diz que se alguma coisa de errado aconteceu com o corpo da jovem, dessa retirada do bebê, foi pelas mãos do José Nilson, além de um terceiro elemento que estamos identificando”, afirmou a delegada.
Onde está o bebê?
Ainda de acordo com o delegado Ricardo Cunha, a DEHS investiga o que aconteceu com o bebê que estava na barriga de Débora, que estava grávida de oito meses. Durante o exame cadavérico, feito pelo Instituto Médico Legal (IML), não foram encontrados vestígios da criança no corpo da jovem. Entretanto, o laudo final ainda não foi concluído.
“Estamos ansiosos para saber o que aconteceu com essa criança, entender o porquê, qual é o desfecho desse crime. Infelizmente, ainda temos lacunas a serem fechadas, pois os depoimentos dos presos são contraditórios. Tem mais uma pessoa envolvida no crime que está sendo procurada”, disse o titular da DEHS.
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