Manaus (AM) – No período de uma semana, o Amazonas confirmou mais 11 novos casos de rabdmiólise por doença de Haff, mais conhecida como doença da "urina preta". É o que aponta o Informe Epidemiológico da Fundação de Vigilância em Saúde do Amazonas – Drª Rosemary Costa Pinto (FVS-RCP), vinculada à Secretaria de Estado da Saúde do Amazonas (SES-AM).
No último dia 4, o monitoramento apontou 34 casos compatíveis com a síndrome e nesse segunda-feira, 11, o número subiu para 45. O documento é divulgado às segundas-feiras e está disponível em: www.fvs.am.gov.br.
No Estado, desde janeiro já foram notificados 82 casos, sendo 45 compatíveis, 22 descartados e 15 em investigação. Os casos compatíveis correspondem a pessoas residentes em Itacoatiara (32), Manaus (7), Manacapuru (3), Parintins (2) e Nova Olinda do Norte (1). Não há óbitos relacionados à doença.
De acordo com a FVS-RCP, a equipe do Centro de Informações Estratégicas em Vigilância em Saúde (Cievs) no Amazonas realiza rastreio, em parceria com as equipes de Vigilância Epidemiológica municipais, sobre a identificação dos casos que atendem à definição de caso suspeito de rabdomiólise compatível com a Doença de Haff, resultando no quantitativo de 34 casos compatíveis.
Sobre a rabdomiólise
A rabdomiólise é uma síndrome que pode ocorrer em função de agravos diversos, como traumatismos, atividades físicas excessivas e infecções, ou ainda devido ao consumo de álcool e outras drogas.
Quando associada ao consumo de pescados, a síndrome é denominada doença de Haff. Os sinais e sintomas mais frequentes, entre os casos compatíveis, são: mialgia, mal-estar, náuseas, fraqueza muscular, dor abdominal, vômito e urina escura.