Manaus (AM) – O presidente Luiz Inácio Lula da Silva coordenou nesta quinta-feira (12), por videoconferência, uma reunião com ministros para discutir a situação da forte seca e incêndios florestais que castigam o Amazonas. As chuvas intensas que atingem Santa Catarina, na Região Sul, também entraram em pauta.
"Determinei aos ministros que todas as equipes estejam mobilizadas e à disposição dos governos estaduais e das prefeituras. O Governo Federal está atento, presente e atuando para atender a população e remediar os danos causados pelos extremos climáticos", publicou Lula em uma postagem na rede social X (antigo Twitter).
Nas duas últimas semanas, Lula vem despachando do Palácio da Alvorada,residência oficial, onde se recupera de uma cirurgia para reconstrução da articulação do quadril. Diariamente, nos últimos dias, o presidente tem mantido uma agenda remota de trabalho, que inclui reuniões virtuais com auxiliares e telefonemas com autoridades.
Seca e queimadas
O ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, anunciou nessa quinta-feira o envio de mais efetivo da Força Nacional para reforçar as equipes que já estão atuando no combate aos incêndios florestais.
A seca e o ar poluído pela fumaça fez a Fiocruz Amazônia recomendar o uso de máscaras. Em alguns bairros de Manaus, a qualidade do ar é considerada "péssima". E a quantidade de poluentes nesta quinta-feira (12) está cinco vezes maior do que já é considerado "muito ruim" pelo Conselho Nacional do Meio Ambiente.
Os dados são do monitoramento feito pela Universidade do Estado do Amazonas. De acordo com a prefeitura de Manaus, a fumaça tem origem nos municípios da Região Metropolitana.
No interior do Amazonas, a situação da seca continua preocupante, especialmente no sul do estado. Sessenta cidades estão em alerta ou emergência por causa da estiagem. Apenas duas, em situação de normalidade. Quase 400 mil famílias foram afetadas.
De acordo com o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), as quatro cidades brasileiras com maior quantidade de focos de incêndio no último mês ficam todas na região amazonense entre Manaus e Rondônia.