Manaus (AM) – Faleceu, nesta quinta-feira (15), o advogado e empresário Mário Expedito Neves Guerreiro, aos 103 anos. Líder da indústria e do comércio do Amazonas, ele dedicou sua vida ao fortalecimento do desenvolvimento econômico da região. Além disso, foi um dos 160 amazonenses que foram para a Itália lutar na 2ª Guerra Mundial, em 1944.
Mario Expedito Neves Guerreiro foi o último pracinha do Amazonas, um dos combatentes brasileiros que participaram da Segunda Guerra Mundial como parte da Força Expedicionária Brasileira (FEB). Ele integrou as forças que atuaram no Teatro de Operações da Itália entre 1944 e 1945, período durante o qual participou de importantes batalhas, incluindo a de Monte Castello, uma das mais significativas envolvendo tropas brasileiras.
Mario Guerreiro recebeu diversas condecorações ao longo de sua vida, reconhecendo sua participação na guerra. Entre as medalhas que lhe foram concedidas estão a Medalha de Campanha e a Medalha de Guerra, que são honrarias destinadas a militares que participaram de operações de guerra e contribuíram para os esforços do Brasil na Segunda Guerra Mundial.
Após a guerra, Mario Guerreiro retornou ao Brasil, onde continuou sua vida como cidadão. Ao longo dos anos, foi alvo de homenagens por parte de instituições civis e militares, sendo lembrado como um dos últimos representantes de uma geração que viveu e atuou em um dos períodos mais turbulentos do século XX.
Seu falecimento representa o encerramento de um ciclo histórico, especialmente para o estado do Amazonas, onde ele era o último sobrevivente dos pracinhas que lutaram na Segunda Guerra Mundial.
Mais recentemente, ele atuava como sócio-proprietário da Guerreiro Administração e Participações Ltda., membro do Conselho Superior da Associação Comercial do Amazonas (ACA) e da diretoria do Sindicato das Indústrias de Fiação e Tecelagem do Estado do Amazonas.
Em seu currículo, desenvolveu notáveis trabalhos à frente do Conselho Fiscal da Companhia de Petróleo da Amazônia (Copam), da presidência do Banco do Estado do Amazonas (BEA) e da Associação Comercial do Amazonas (ACA). Ele fundou e foi o primeiro presidente do Centro das Indústrias do Estado do Amazonas (Cieam), vice-presidente da Federação das Indústrias do Estado do Amazonas (Fieam), diretor da Companhia Brasileira de Fiação e Tecelagem de Juta, a Brasiljuta, e diretor-presidente da Brasjuta da Amazônia S/A – Fiação, Tecelagem e Sacaria.
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Com informações do site O Poder