País – A liberação do asfaltamento do trecho central da BR-319, na Amazônia, na segunda-feira distancia ambientalistas do Governo Lula e da ministra do Meio Ambiente, Marina Silva.
A decisão de derrubar a liminar que suspendia o asfaltamento do trecho central da BR-319 foi do Tribunal Regional Federal da 1ª Região.
Conforme O Globo, apesar de Marina já ter se manifestado contra a obra, o Ibama enviou à Justiça um parecer a favor do asfaltamento.
Isso é temido por ONGs e pesquisadores como um gatilho para mais desmatamento nas margens da rodovia, que liga Manaus a Porto Velho.
A princípio, a liminar havia sido concedida em julho. Uma ação do Observatório do Clima contra a licença prévia para o asfaltamento, concedida pelo Ibama no governo de Jair Bolsonaro.
Contudo, o instituto apresentou em 6 de setembro, um agravo de instrumento. Com isso pedindo a suspensão da decisão judicial, válida para mais de 400 quilômetros do trecho central da rodovia.
Sobretudo, o Ibama defendeu a validade da licença alegando que ela prevê medidas de proteção dos povos indígenas e contra o desmatamento.
Ao mesmo tempo, o órgão ambiental também lembrou que a licença prévia ainda vai ser sucedida por outras, de instalação e de operação, antes de as obras começarem.
Assim, o posicionamento contrasta com declarações da ministra, que por diversas vezes defendeu mais estudos sobe impactos da obra.
Em 2023, durante depoimento na CPI das ONGs, Marina foi mais direta na oposição ao asfaltamento.
“Ambientalmente e economicamente, não se faz uma estrada de 400 quilômetros no meio de floresta virgem apenas para passear de carro, se não estiver associada a um projeto produtivo”, declarou.
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Com informações do BNC