Tanto o Conselho Brasileiro de Oftalmologia (CBO) quanto o Conselho Federal de Medicina (CFM) explicam que a ceratopigmentação, conhecida como “tatuagem de córnea”, é indicada apenas para pacientes que perderam a visão ou têm a córnea comprometida, com o objetivo de recuperar a aparência de um olho normal. Caso exista a possibilidade de o paciente recuperar a visão — por meio de um transplante de córnea, por exemplo —, o procedimento não é recomendado.
Nos casos de Andressa e Maya, a técnica pode resultar em danos irreversíveis.
“Dentre os problemas que podem ser causados pelo uso indevido dessa técnica estão: o surgimento de casos de lesões na córnea (parte do olho correspondente ao vidro do relógio) que podem ser persistentes e levar a perfuração do olho, infecções graves (até no interior do olho), e aumento da pressão dentro do olho”, alerta a CBO.
Segundo o órgão, pacientes que já utilizaram a técnica informam dificuldade de enxergar, dor no olho, ardência, sensação de areia, aversão a luz e lacrimejamento persistente. “Todas essas situações podem levar à redução da visão do paciente, seja na periferia ou no centro da visão, evoluindo em alguns casos para a cegueira permanente”, diz.
Menos de 48 horas após o procedimento, Andressa relatou estar arrependida de sua decisão. Segundo ela, seus olhos estavam doendo muito — uma dor bem mais intensa do que a sentida em outras cirurgias estéticas às quais já se submeteu.
O Conselho Brasileiro de Oftalmologia também diz que a cirurgia deve ser realizada com o paciente anestesiado.
*Com informações o site Band.com