Manaus (AM) – Após atingir 29,05 metros, o Rio Negro começou a apresentar sinais de vazante em Manaus. A redução nas medições do Porto da capital amazonense, nos últimos dias, marca a transição entre os períodos de cheia e estiagem, fenômeno natural que compõe o ciclo anual dos rios da região.
O nível do Rio Negro, que no último sábado, 5/7, atingiu 29,05 metros (considerado o ponto máximo da cheia de 2025), apresentou os primeiros sinais de recuo no início desta semana. Na medição mais recente, realizada nesta sexta-feira, 11/7, o rio marcou 28,99 metros, indicando uma queda contínua desde o início da semana, com redução de cerca de seis centímetros e saindo da cota de inundação severa.
De acordo com o Serviço Geológico do Brasil (SGB), a tendência de queda sinaliza o início oficial da vazante, fase que geralmente se estende de julho a novembro. A mudança é acompanhada de perto por meteorologistas e especialistas em recursos hídricos, que alertam, no entanto, para a possibilidade de pequenas oscilações no nível do rio nos próximos dias, os chamados “repiques”, comuns nesse período de transição.
Ainda que a cheia de 2025 tenha sido expressiva, ela ficou abaixo dos recordes históricos, como o de 2021, quando o Rio Negro atingiu 30,02 metros. Mesmo assim, o volume elevado exigiu atenção especial das autoridades públicas, sobretudo em áreas ribeirinhas de Manaus e do interior do estado, onde o alagamento de comunidades trouxe desafios à mobilidade, saúde e segurança alimentar.
A expectativa é de que a vazante se prolongue até o fim de novembro, quando o ciclo volta a se inverter com o início do período chuvoso. Enquanto isso, o Rio Negro segue sob vigilância constante de pesquisadores e órgãos ambientais, que avaliam diariamente as variações no nível da água e seus impactos diretos na vida da população amazônida.
Situação no estado