A presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Santas Casas, Entidades Filantrópicas e Religiosas e Estabelecimentos de Saúde do Estado do Amazonas (Sindpriv-AM), Graciete Mouzinho, anunciou nesta terça-feira, 22/2, a possibilidade de uma greve dos trabalhadores da saúde do Regime do Direito Administrativo (RDAs), caso o Governo do Amazonas não regularize o pagamento de ticket alimentação e periculosidade (risco de vida), reivindicados pela categoria. Segundo ela, os benefícios não são pagos desde janeiro de 2020 e atinge 6.442 profissionais.
De acordo com a representante do Sindipriv-AM, o motivo da paralisação é a falta de diálogo e soluções do Governo do Amazonas quanto ao reconhecimento da dívida de R$58,8 milhões no total, sendo a falta de pagamento de auxílio alimentação no valor de R$ 28.9 milhões, enquanto que o risco de vida chega a R$ 29.8 milhões.
“Nós já decidimos que se não tiver resposta positiva em relação ao pagamento dos nossos direitos, vamos chamar uma assembleia para lançar um indicativo de greve. Não é fácil trabalhar sem um pingo de valorização e respeito, digo isto não só em relação a falta de pagamento, como também das condições precárias”, explicou Graciete, durante pronunciamento na Assembleia Legislativa do Amazonas (Aleam), na manhã desta terça-feira, 22/2.
Ainda segundo Mouzinho, deve ser feito um chamamento de uma assembleia para veiculação em jornal de grande circulação e, caso seja aprovado o indicativo de greve, é definido um prazo para discutir soluções. Não sendo atendidas as reinvindicações, a greve é deflagrada com 70% dos profissionais paralisando suas atuações nos hospitais e 30% permanecendo com atendimento nas unidades de saúde.
“É a única solução que nós encontramos para que as pessoas possam nos enxergar, pedimos que a população nos perdoem, mas não aguentamos mais”, apelou Graciete.