A Polícia Civil do Rio de Janeiro cumpriu 11 mandados de busca e apreensão, nesta quinta-feira (7), contra sete alvos, incluindo o vereador e ex-policial Gabriel Monteiro (PL). A ação apura o vazamento de um vídeo do parlamentar fazendo sexo com uma adolescente.
Além disso, outras denúncias envolvendo assédio sexual e moral, divulgação de vídeos forjados e fraude processual recaem sobre ele.
Vídeo do vereador com adolescente
A polícia começou a investigar, no último mês de março, o vazamento de um vídeo íntimo em que o vereador Gabriel Monteiro aparece fazendo sexo com uma adolescente de 15 anos.
Os dois alegam que a relação e a gravação foram consensuais. O parlamentar ainda contou aos policiais que a garota teria dito que era maior de idade.
Segundo o investigado, o vídeo foi vazado no Twitter e no WhatsApp por dois ex-assessores, que também foram alvo da operação desta quinta (7).
Processo por assédio sexual e moral
Ao mesmo tempo, o vereador enfrenta um processo na Comissão de Ética da Câmara de Vereadores do Rio de Janeiro envolvendo denúncias de assédio sexual e moral por parte de servidores e ex-funcionários.
As vítimas revelaram que foram constrangidas, agredidas e tiveram suas partes íntimas tocadas pelo parlamentar sem consentimento. Ele nega todas as acusações.
Vídeos forjados no YouTube
A Câmara do Rio recebeu também denúncias sobre vídeos forjados no canal do YouTube de Gabriel Monteiro. As acusações dizem que ele encenava tudo o que era filmado, usando, inclusive, crianças e pessoas em situação de vulnerabilidade.
Imagens brutas de parte do material publicado na plataforma revelaram que ele pediu para uma menina dizer que "estava feliz após almoçar sua refeição preferida" graças à ajuda do vereador, quando achou que passaria mais um dia com fome.
Outras mostram que ele ofereceu dinheiro para um homem em situação de rua para que simulasse um furto, que seria em seguida interceptado por seus assessores.
Ao todo, o conselho contabiliza cerca de 14 procedimentos. Os trâmites do processo podem levar cerca de 90 dias. Ao final, Gabriel pode ser inocentado ou sofrer punições, que podem chegar até mesmo na cassação do mandato.
Fraude processual
A Polícia Civil ainda investiga se o vereador cometeu fraude processual no episódio em que afirmou ter sido atacado a tiros junto com a equipe, em Quintino, na zona norte do Rio de Janeiro, em agosto do ano passado. Segundo ex-membros de sua equipe, o atentado teria sido forjado.