O Ministério da Defesa afirmou nesta segunda-feira, 11/4, que a compra de 35 mil comprimidos de Viagra, comumente utilizado para disfunção erétil, é destinada ao tratamento de Hipertensão Arterial Pulmonar (HAP) nas Forças Armadas.
Em nota, o ministério afirma que “a aquisição de sildenafila visa o tratamento de pacientes com Hipertensão Arterial Pulmonar (HAP)” e que “esse medicamento é recomendado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) para o tratamento de HAP”.
Informações obtidas pelo deputado federal Elias Vaz (PSB-GO) no Portal da Transparência e no Painel de Preços do governo federal mostram que as Forças Armadas aprovaram a compra de mais de 35 mil unidades de um medicamento que costuma ser usado para tratar disfunção erétil. O remédio é popularmente conhecido como Viagra.
A compra envolve oito pregões realizados por unidades ligadas aos comandos da Marinha, do Exército e da Aeronáutica. Os processos de compra foram homologados em 2020 e 2021 e seguem válidos neste ano.
No pregão, o medicamento é identificado pelo nome do princípio ativo Sildenafila, composição Sal Nitrato (Viagra), nas dosagens de 25 mg e 50 mg.
O maior volume, de 28.320 comprimidos, tem como destino a Marinha. Outros 5 mil comprimidos foram aprovados para Exército e outros 2 mil, para Aeronáutica.
“Precisamos entender por que o governo Bolsonaro está gastando dinheiro público para comprar Viagra e nessa quantidade tão alta. Apresentei um requerimento cobrando explicações do Ministério da Defesa sobre mais esse gasto imoral”, disse o deputado.