A banda Luneta Mágica lançou, recentemente, nas principais plataformas de streaming, seu terceiro álbum de estúdio, intitulado "No Paiz das Amazonas", pelo selo Bananada, um dos mais importantes na cena da música alternativa brasileira. O álbum conceitual é composto por 11 músicas autorais, que exploram a relação entre Manaus e a floresta no seu entorno.
Além de propor um debate sobre a distância e dificuldade de integração do Amazonas com o restante do país, o álbum também traça um paralelo entre a floresta pouco ocupada de Silvino Santos, autor do documentário que dá nome ao álbum, com o panorama contemporâneo em que desastres ecológicos são recorrentes por conta da intervenção humana.
“A floresta amazônica é um dos pilares do nosso novo trabalho”, afirma Pablo Araújo, vocalista e compositor do Luneta Mágica.
Segundo ele, o álbum "No Paiz das Amazonas" tem recebido olhares e elogios nacionais e internacionais por sua qualidade artística e musical. Entre os portais de cultura que repercutiram o disco, estão o Remezcla, que é considerado o site de cultura latina mais influente do mundo, destacando, principalmente, o single Águas Poluídas, que tem a participação especial da cantora amazonense de Jungle Jazz, Karine Aguiar.
O lançamento também foi destaque na rádio KEXP, de Seattle, Estados Unidos, a estação de maior referência em música alternativa do mundo, ao lado de grandes nomes da música brasileira como Juçara Marçal. Na Europa, o álbum foi elogiado pela Mondo Sonoro, a mais respeitada publicação sobre música independente da Espanha. Para o periódico, o conjunto amazonense “criou uma interessante conexão entre rock psicodélico, indie rock e ritmos brasileiros’’.
No Brasil, o álbum ganhou destaque no site paulista Popload, que colocou o single "Além das Fronteiras" em segundo lugar no top 50 de lançamentos brasileiros. O lançamento também ganhou espaços em portais da Argentina, México, Uruguai, Chile, Colômbia, Peru e Bolívia.
A produção do disco foi um processo criativo intenso liderado pelos próprios membros da banda. O guitarrista e baixista, Daniel Freire, que também compôs algumas canções do disco, explica que foram utilizados elementos da natureza para aproximar o grupo da Amazônia. “O disco conta com registro de sons de animais na floresta, cachoeiras, queimadas e rituais dos povos originários. Isso ilustra alguns dos temas presentes nas letras”, afirma Daniel.
De acordo com o tecladista da banda, Victor Neves, o processo de criação do álbum se tornou ainda mais único pelo fato da imersão do grupo com a floresta. “Iniciamos a produção do álbum em um sítio no interior do Amazonas, rodeados por florestas e rios, por isso fomos inspirados diretamente pelo ambiente”.