O prefeito de Manaus, David Almeida, e o vice-prefeito Marcos Rotta, realizaram, nesta quinta-feira (27), uma coletiva de imprensa onde desmentiram as acusações divulgadas em um dossiê vazado da Secretaria Executiva Adjunta de Inteligência (Seai), órgão vinculado à Secretaria de Estado de Segurança Pública do Amazonas (Sispeam) e divulgado em veículos de comunicação nacional.
“Isso aqui é a indignação do inocente que está sendo atacado. Já chega disso! Esse dossiê não tem base legal nenhuma, não tem nenhum sentido, tanto que desde 2021 está lá no Ministério Público (MP-AM) e não gerou inquérito nenhum, nenhuma ação. Isso é só para constranger a poucos dias da eleição. Foram encontradas mais de 30 inconsistências nesse relatório. E repito aqui, sou síndico desta cidade, sou aquele que a população escolheu e uma acusação falsa dessa não vai macular o trabalho que tenho feito junto com o Marcos Rotta”, enfatizou Almeida.
Produzido em 4 de novembro de 2020, o suposto dossiê foi encaminhado ao MP-AM em 8 de julho de 2021. Poucos dias depois, o então secretário da Seai e outros servidores foram presos na operação “Garimpo Urbano”.
Contendo 62 páginas, o dossiê ilegal aponta os nomes do prefeito e do vice-prefeito em poucas mais de duas linhas de texto. Os supostos áudios foram solicitados pela defesa do prefeito de Manaus e apresentados a todos os presentes no auditório da sede da prefeitura, no bairro Compensa, zona oeste, onde ele mostrou que conversa não possui as vozes de David Almeida e muito menos de Marcos Rotta.
Durante a coletiva, o prefeito de Manaus afirmou que irá tomar as medidas cabíveis contra os autores do dossiê, quem vazou do Ministério Público o documento e quem publicou a fake news.
“A poucos dias das eleições do segundo turno, Marcos Rotta e eu estamos sendo vítimas de uma conversa de criminosos, um dossiê feito por criminosos e, de forma criminosa, vazado. Comete crime quem fez o dossiê, quem divulgou, quem compartilhou a informação do dossiê, quem publicou a informação, quem comentou e ofendeu o prefeito e o vice-prefeito. Nós temos mais de 700 pessoas que serão processadas. Chega de gracinha. Vamos processar a todos. Quebra de sigilo funcional é crime”, afirmou o prefeito.
A Procuradoria Geral do Município (PGM), por meio do procurador-geral Ivson Coêlho, informa que já solicitou do MP-AM e da SSP-AM, que sejam tomadas as medidas cabíveis para que se descubra o autor do dossiê e também quem vazou o documento ilegal. “Um documento apócrifo que não tem assinatura de ninguém que não faz qualquer alusão a qualquer procedimento prévio investigatório. Então, já solicitamos aos órgãos que façam apuração para buscar o servidor, que possivelmente tenha cometido a ilegalidade de vazar esse documento, para buscar a justeza do comportamento do prefeito”, explicou Ivson Coêlho.