Manaus (AM) – A psicóloga Silvana Bahia, especialista com três pós-graduações, participou recentemente do programa Amazonas Acontece, exibido na tela da Band Amazonas no último sábado (13) e apresentado pela jornalista Kelly Abreu. Na entrevista, que abordou temas cruciais como saúde mental, relacionamentos tóxicos e feminicídio, Silvana alertou que a morte de uma mulher é apenas “a ponta” de um sofrimento psíquico e de uma violência doméstica que se prolongam por muito tempo.
A profissional explicou como a violência se inicia com a anulação psicológica e reforçou a importância da Terapia Cognitivo Comportamental (TCC) para lidar com pensamentos disfuncionais e emoções.
Com formação em Psicologia, Silvana Bahia utiliza a TCC como sua abordagem principal. A técnica visa trabalhar a mudança de pensamento para que ocorra a mudança de comportamento e, consequentemente, da realidade da pessoa. A psicóloga também detalhou o conceito de “gatilho emocional”, explicando que ele surge através de palavras que causam um efeito e mexem com as memórias traumáticas da pessoa, cujo conteúdo está muito vivo. Para lidar com essas situações e identificar o que levou a uma explosão emocional, a especialista enfatiza que a pessoa deve procurar um profissional técnico, buscando a psicoterapia.
Ao discutir a violência contra a mulher, a profissional listou indicadores para identificar precocemente um relacionamento tóxico. Silvana Bahia explicou que a violência, que culmina no feminicídio, começa com agressões verbais ou empurrões e, principalmente, com o controle exercido pelo companheiro. “Ele vai controlar toda a tua vida, ele quer saber o que você está fazendo, onde você está, que hora vai chegar, começa assim”.
Segundo a psicóloga, esse controle gera medo e dependência emocional, fazendo com que a mulher perca sua identidade, tornando-se um “objeto frágil”. Um dos primeiros passos do agressor é a anulação psicológica, dizendo à vítima que ela está “ficando louca” ou “vendo coisa onde não existe”.
Diante do cenário de violência, a psicóloga reforçou que a máxima “briga de marido e mulher não se mete a colher” é incorreta. Para ajudar, é fundamental que vizinhos, amigos ou parentes observem sinais como isolamento, tristeza, choro por qualquer coisa e perda de alegria em atividades que antes gostava.
A dica primordial é “Acolha, escute sem julgar, não julgue, escute”. Em seguida, deve-se buscar ajuda psicológica e rede de apoio para a vítima, além de elaborar um planejamento para que ela saiba o que fazer e quem procurar (como ligar para o 180) em caso de violência.
A especialista também diferenciou estresse, que é causado pelo excesso de demanda e cortisol, da ansiedade, que é um estado de alerta e medo que só se torna patológico quando impede as atividades diárias. Para melhorar a saúde mental, a recomendação é focar em atividades prazerosas e atividade física, que produz dopamina e serotonina.
A entrevista completa com Silvana Bahia no programa Amazonas Acontece pode ser conferida na íntegra no canal do YouTube da Band AM. O programa, apresentado por Kelly Abreu, é transmitido todos os sábados, a partir das 17h50, pela TV Band Amazonas (canais 13.1 / 518 – NET e 413 – SKY).
Confira a entrevista na íntegra







