O ex-secretário de Segurança do Distrito Federal e ex-ministro de pasta homônima no governo de Jair Bolsonaro (PL), Anderson Torres, deve depor à Polícia Federal na tarde desta segunda-feira, 8/5.
Torres deve prestar informações sobre os bloqueios realizados pela Polícia Rodoviária Federal (PRF), durante o segundo turno das eleições. As autoridades querem saber se a operação comandada pelo então ministro tinha a finalidade de impedir a chegada dos eleitores aos locais de votação.
Na época, mesmo com negativas do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) contra a operação, a PRF fez blitzen contra veículos em colégios eleitorais onde o então candidato Luiz Inácio Lula da Silva (PT) liderou no primeiro turno. A operação, supostamente, atrasou ou impediu a chegada de eleitores aos locais de votação.
No dia 20 de abril, o Ministério da Justiça e Segurança Pública, hoje comandado por Flávio Dino (PSB), divulgou um relatório que aponta uma discrepância entre o número de operações da PRF no Nordeste, reduto eleitoral de Lula, com o do restante do país.
Preso após 8 de janeiro
Torres está preso desde o dia 14 de janeiro por suposta omissão no combate aos atos criminosos no dia 8 do mesmo mês. No dia dos ataques, ele, enquanto secretário de Segurança, estava de férias nos Estados Unidos. Ao retornar ao Brasil, foi detido pela Polícia Federal (PF).