País – As imagens do rompimento de parte da mina 18 da Braskem em Maceió reacenderam o sinal de alerta das autoridades. No último domingo (10), a prefeitura e a Defesa Civil estiverem no comitê de crise para acompanhar a situação.
Segundo a Defesa Civil de Maceió, o local deve se estabilizar. A equipe também descarta a possibilidade de um novo colapso.
A mina 18 é uma das 35 que a Braskem mantinha na região para extração de sal-gema. Desde que rachaduras em casas e em ruas surgiram por causa da mineração, em 2018, mais de 20 mil imóveis precisaram ser evacuados em 5 bairros.
Está marcada para esta segunda-feira (11) a primeira reunião entre o governador de Alagoas e o prefeito de Maceió desde o início da crise da Braskem.
O encontro também contará com a presença de técnicos que ajudaram a avaliar a situação da mina. O governo afirma querer discutir "todos os impactos ambientais deste colapso e a forma de responsabilização da mineradora".
As minas de sal-gema da Braskem começaram a ser fechadas em 2019 depois que as escavações foram apontadas como principal causa de rachaduras em cinco bairros de Maceió.
O que é sal-gema?
Mas o que é o sal-gema? Diferente do sal que geralmente usamos na cozinha, que é obtido do mar, o sal-gema é encontrado em jazidas subterrâneas formadas há milhares de anos a partir da evaporação de porções do oceano. Por esta razão, o cloreto de sódio é acompanhado de uma variedade de minerais.
Designado também por halita, o sal-gema é comercializado para uso na cozinha. Muito comum nos supermercados, o sal extraído no Himalaia, que possui uma tonalidade rosa devido às características locais, é um sal-gema.
No entanto, o sal-gema é também uma matéria-prima versátil para a indústria química. É empregado, por exemplo, na produção de soda cáustica, ácido clorídrico, bicarbonato de sódio, sabão, detergente e pasta de dente, enfim, na fabricação de produtos de limpeza e de higiene e em produtos farmacêuticos.