O presidente Jair Bolsonaro afirmou na noite deste domingo, 10, dispensar o apoio de quem pratica violência contra opositores. A declaração ocorreu após a morte de Marcelo Arruda, guarda civil de Foz do Iguaçu e tesoureiro do PT na cidade paranaense, morto a tiros na noite de sábado, 9, quando comemorava o aniversário de 50 anos com o tema Partido dos Trabalhadores.
O assassino do sindicalista é Jorge José da Rocha Guaranho, policial penal federal que se declara apoiador do presidente e conservador nas redes sociais. Segundo testemunhas do crime, o agente teria gritado “aqui é Bolsonaro” antes de efetuar os disparos que mataram Marcelo Arruda.
Ao longo do domingo, políticos afirmaram se tratar de um crime político e associavam a morte a falas do presidente Bolsonaro em diferentes ocasiões. Os pré-candidato à presidência Luiz Inácio Lula da Silva (PT), Ciro Gomes (PDT) e Simone Tebet (MDB) se solidarizaram com a família da vítima. Enquanto Bolsonaro cobrou apuração das autoridades e não fez menção a Marcelo Arruda e aos familiares do petista morto.
“Que as autoridades apurem seriamente o ocorrido e tomem todas as providências cabíveis, assim como contra caluniadores que agem como urubus para tentar nos prejudicar 24 hora por dia”.
O presidente ainda disse que é a esquerda que apoia, defende episódios violentos e desumaniza pessoas.
Independente das apurações, republico essa mensagem de 2018: Dispensamos qualquer tipo de apoio de quem pratica violência contra opositores. A esse tipo de gente, peço que por coerência mude de lado e apoie a esquerda, que acumula um histórico inegável de episódios violentos.
A morte de Marcelo Arruda e atos de violência na pré-campanha como a explosão de uma bomba caseira em um ato com o ex-presidente Lula na quinta-feira (7) no Rio de Janeiro ligou o alerta nas autoridades responsáveis pela segurança nas eleições.
Já há a discussão sobre a necessidade de aumentar a vigilância e a segurança em atos de campanha.