A Ferrari já via a Red Bull como uma rival mais rápida antes da pausa da Fórmula 1 em agosto. Mas o chefe de equipe da escuderia italiana, Mattia Binotto, se mostrou surpreso com o desempenho dos carros de Max Verstappen e Sergio Pérez no GP da Bélgica deste final de semana.
Na corrida deste domingo (28), Verstappen largou da 14ª posição, assumindo a liderança na 12ª volta e dominando a prova até a vitória. Pérez largou em segundo e chegou a perder posições na primeira volta, mas logo se recuperou para cruzar a linha de chegada novamente em segundo, formando a dobradinha da equipe. Carlos Sainz, pole position com a Ferrari, foi o terceiro colocado.
“Se você olhar para trás, acho que eles já tinham sido ligeiramente mais rápidos na Hungria, em uma pista mais estreita e com mais downforce”, afirmou Binotto.
“Acho que a Red Bull é simplesmente um carro mais rápido comparado com o que temos em termos de eficiência. Em Spa, você precisa de eficiência na aerodinâmica e nas unidades de potência, mas também tivemos desgaste dos pneus para o qual precisamos olhar – porque eles eram mais fortes em termos de desgaste de pneus. Então, não acho que foi um caso atípico: eles são mais rápidos que nós”, acrescentou.
Diante do que se viu na Bélgica, Binotto já dá sinais de que a Ferrari compreende a dificuldade da situação. Por isso, para a sequência da temporada, o dirigente afirma que o objetivo é diminuir a diferença para a Red Bull.
“O que espero é certamente que essa diferença que vimos hoje (domingo) não seja vista nas próximas corridas, porque Spa sempre amplifica as diferenças. É uma pista longa e, quando você tem uma vantagem em termos de eficiência, ela é amplificada”, disse.
“Esperamos estar de volta nas próximas corridas, mais próximos, enquanto ainda acreditamos que eles têm um carro ligeiramente superior. Mas o desgaste dos pneus foi o elemento afetando o desempenho hoje, o que precisamos compreender e encaminhar, porque será muito importante nas próximas corridas”, completou.