O Ministério da Saúde informou nesta quinta-feira (26/1) o plano de ação nacional para a vacinação contra a Covid-19 em 2023. A primeira etapa, que deve começar em 27 de fevereiro, as pessoas serão imunizadas com a dose de reforço bivalente da Pfizer.
A pasta também divulgou que os grupos mais expostos, ou seja, pessoas com maiores riscos para agravamento da doença, que receberam a vacina nonavalente, serão imunizadas com a bivalente da Pfizer.
As bivalentes oferecem proteção contra mais de uma cepa do coronavírus. As vacinas aprovadas protegem contra as variantes Ômicron BA1 e Ômicron BA4/BA5. Os imunizantes foram aprovados pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) em novembro e estão liberados para pessoas com 12 anos ou mais.
Veja como serão as etapas de vacinação com a bivalente:
Fase 1: 70 anos ou mais, comunidades indígenas, quilombolas, ribeirinhas, imunossuprimidos e pessoas que vivem em instituições de longa permanência (ILP);
Fase 2 – 60 a 69 anos;
Fase 3 – Gestantes e puérperas;
Fase 4 – Profissionais da saúde.
“A ideia é garantir vacinação de reforço com a bivalente para os grupos prioritários no começo do ano, que são justamente as pessoas que tem maior risco de se expor e de morrer por Covid-19”, informou o diretor do Departamento de Imunização e Doenças Imunopreviníveis, Éder Gatti.
Isso significa que quem tomou uma dose da vacina contra a Covid até agora, vai ter que tomar ainda a segunda dose para estar apto a tomar a bivalente.
Outros grupos
Para as crianças, o Ministério da Saúde garantiu a antecipação de entregas de vacina para fevereiro, confira:
8,5 milhões de doses da Pfizer baby;
9,2 milhões de doses da Pfizer pediátrica;
2,6 milhões de doses da CoronaVac (todo o estoque do Instituto Butantan).
Éder Gatti informou que o Ministério da Saúde vai intensificar a campanha de vacinação com a monovalente para maiores de 12 anos. A ideia da pasta é aumentar a cobertura vacinal desse público. A recomendação é:
Uma dose de reforço para quem tem até 40 anos;
Duas doses de reforço para quem tem mais de 40 anos.
Imunização com outras vacinas do PNI
"Fechamos o ano de 2022 com baixa cobertura vacinal em quase todas as imunizações. Também encontramos um baixo estoque de vacinas. Por isso, temos o risco real de desabastecimento de imunizantes importantes para o nosso calendário, como a BCG, Hepatite B e tríplice viral, por exemplo", alertou.
Com o cenário, Éder pontuou o risco da reintrodução de casos de poliomielite em território nacional. "Os nossos passos serão de reforço ao compromisso com a ciência, o fortalecimento da atenção primária e ações complementares, como a vacinação nas escolas", adiantou.