Foi decretada a prisão temporária por 30 dias do homem suspeito de envolvimento no desaparecimento do jornalista Dom Philips e o indigenista Bruno Araújo, no Amazonas. A audiência de custódia de Amarildo da Costa Oliveira, na Comarca de Atalaia do Norte, foi encerrada na noite desta última quinta-feira, 9/6.
Interrogado nesta semana, a prisão temporária havia sido determinada após marcas de sangue terem sido encontradas pela perícia na lancha apreendida durante as operações de busca, e que foi vista sendo conduzida por Amarildo no dia do desaparecimento da dupla, de acordo com testemunhas.
Dom Philips e Bruno Pereira estão desaparecidos desde o domingo, 5/6, quando se deslocavam com destino à cidade de Atalaia do Norte, no Oeste do Amazonas. O processo tramita em segredo de Justiça.
O desaparecimento
As buscas por Phillips e Bruno entraram no 6º dia e contam com o apoio da Marinha, do Exército, da Força Nacional e das forças de segurança do Amazonas.
O servidor de carreira da Fundação Nacional do Índio (Funai) e o colaborador do Jornal The Guardian desapareceram no Vale do Javari, na Amazônia. Eles foram vistos pela última vez na tarde do domingo, segundo nota divulgada pela Univaja.
Bruno é indigenista especializado em povos indígenas isolados e conhecedor da região, onde foi coordenador regional por cinco anos. Já Dom Phillips é veterano de cobertura internacional e mora no Brasil há mais de 15 anos.
Segundo lideranças indígenas, o jornalista e o ativista estariam recebendo ameaças de garimpeiros que atuam de forma ilegal na região.