O stand up paddle, uma modalidade esportiva com praticantes em Manaus, pode se tornar olímpica nos Jogos Olímpicos de Paris 2024. De olho na oportunidade, o instrutor Pablo Casado, criou um espaço de treinamento e capacitação no Tarumã-Açu para crianças indígenas.

Conhecida também pela sigla SUP, a tradução literal do esporte seria algo como praticar um esporte com a junção do surfe com o remo. Sua origem é associada ao Havaí no ano de 1930 e desde então o esporte se popularizou entre aqueles que buscam competitividade ou apenas contemplar a natureza e pode ser praticado por pessoas de todas as idades.

Um exemplo mirim é Manoela Paulino. Com apenas 8 anos, a indígena da etnia Karapãna se diverte. "É mais ou menos como andar de remo numa canoa", conta.

Ela e outras quatro jovens da mesma etnia são treinadas duas vezes por semana pelo instrutor Pablo Casado.

Maria Alice Paulino conta que o principal desafio para se adaptar a modalidade é o equilíbrio e o modo de praticar a remada, um pouco diferente da canoa, tradicional meio de locomoção nos rios da Amazônia.

Para o instrutor, a expectativa é formar futuros campeões na modalidade. "Um dos projetos é descobrir talentos ribeirinhos e levar essas pessoas para as Olimpíadas. Nosso esporte está na iminência de virar esporte olímpico, assim como o surfe e o skate viraram em Tóquio 2020 e que ele possa ser disputado em Paris, em 2024, ou nos jogos de 2028, em Los Angeles", pontua.

Vantagens da atividade

Para o universitário Eduardo Cavalcante, o stand up paddle é uma boa opção para quem mora da cidade possa apreciar os sons e elementos da natureza. 

Nascido e criado na Paraíba e atualmente morando em São Paulo, o gerente de negócios Lucas Grigório diz que apesar de ter vivido em uma cidade litorânea, foi a primeira vez que ele pode praticar o esporte e tomar banho de rio.

Segundo o professor, que é campeão brasileiro da modalidade, a atividade ao livre permite ao praticante sair da rotina e a contemplação do ambiente, sem deixar de lado o exercício físico.

"Nós temos a maior hidrografia do mundo, então isso proporciona aventuras, expedições, remar em locais inusitados. Isso chama a atenção de muita gente e faz com que o esporte cresça, não só pelo turismo, mas para quem busca qualidade de vida e um treinamento diferenciado com atividades ao ar livre", enfatiza.