A Secretaria Municipal de Educação (Semed) propôs nessa terça-feira, 16/11, a inclusão curricular educacional em que as escolas indígenas trabalharão as línguas maternas Kambeba e Nheengatu com os alunos. A ação será elaborada pela Gerência da Educação Escolar Indígena (Geei). Atualmente, a rede municipal de ensino conta com quatro escolas indígenas, duas localizadas no rio Negro e as restantes, no rio Cueiras.
O objetivo da proposta é subsidiar a língua aos profissionais indígenas de educação envolvidos nessa modalidade de ensino.
De acordo com o subsecretário de Gestão Educacional, Carlos Guedelha, a ação é um marco para a educação indígena de Manaus: "Essa proposta valoriza as línguas indígenas e a cultura. A revitalização da língua resgata o Nheengatu e o idioma baré, Kambeba. Nós estamos fazendo história, porque em geral temos escolas indígenas que trabalham a língua portuguesa. Por meio dessa proposta queremos que as escolas se tornem mais indígenas possível", declarou.
A elaboração da proposta curricular contou com a participação dos professores indigenas, pedagogos e gestores da comunidade escolar, que surgiu como uma alternativa na organização do conteúdo curricular indígena para suprir a lacuna deixada pela Base Nacional Comum Curricular (BNCC).
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