País – A Polícia Civil do Rio de Janeiro concluiu o inquérito que investiga o atropelamento do ator Kayky Brito, no início de setembro, na orla da Barra da Tijuca, na zona oeste da capital fluminense. O órgão vai pedir o arquivamento do caso.
Segundo o laudo da perícia, o motorista Diones Coelho da Silva estava a uma velocidade de 48 quilômetros por hora no momento do acidente, ou seja, abaixo do limite de velocidade permitida naquele trecho, que é de 70 km/h.
“É uma investigação muito complexa, a gente conseguiu captar imagens de dentro do veículo e a partir dessas imagens a gente conseguiu realizar uma perícia, que foi feita pelo Instituto de Criminalística, uma perícia muito bem feita, que conseguiu determinar a velocidade que esse carro estava transitando na via”, declarou o delegado do caso, Ângelo Lages, em entrevista exclusiva ao Bora Brasil.
“Isso era uma peça fundamental, uma peça chave da investigação para a gente entender a dinâmica do atropelamento. A gente precisava determinar a velocidade que o carro vinha na via para verificar se o motorista teria, de alguma forma, concorrido com o acidente”, continuou.
Segundo o delegado, Kayky Brito atravessou “muito em cima” do veículo, a menos de 10 metros do carro, e o motorista teve menos de um segundo de reação.
“O motorista vinha transitando com atenção, ainda freou, fez uma manobra evasiva, mas, infelizmente, o tempo de reação foi muito curto e não foi possível evitar esse atropelamento”, reforçou o delegado.
As imagens de dentro do veículo apontam que Diones Coelho da Silva dirigia de forma tranquila e responsável, o que foi importante para a conclusão da investigação. Para o delegado, ele dirigia com atenção, com as duas mãos no volante e não mexia no aparelho celular ou no rádio no momento do acidente.
"O laudo também demonstrou que o motorista precisaria de, pelo menos, 26 metros para frear o veículo, sendo que o pedestre atravessou a 10. Era impossível uma manobra que não levasse ao atropelamento”, finalizou o delegado Ângelo Lages.