A defesa do presidente Jair Bolsonaro pediu nesta quinta-feira, 28, o arquivamento das ações que questionam o Tribunal Superior Eleitoral sobre a reunião convocada pelo Planalto com embaixadores de diversos países. Na ocasião, o presidente da República voltou a questionar a confiabilidade das urnas eletrônicas.
De acordo com a defesa de Bolsonaro, o encontro, realizado em 18 de julho, não teve caráter eleitoral, mas fez parte de um "debate de ideias" para ajudar a aprimorar as eleições. O posicionamento enviado ao TSE cumpre uma ordem emitida pelo ministro Edson Fachin, atendendo um pedido do PDT, Rede e PC do B e PT.
Em resposta aos questionamentos, o advogado Marcelo Luiz Ávila de Bessa afirmou que Jair Bolsonaro não se beneficiou do encontro e que as posições expressas no encontro configuram uma "manifestação de opinião política própria inerente ao debate de ideias, jamais indicando a suposta existência de propaganda eleitoral negativa".
Um dia depois da reunião, a Embaixada dos Estados Unidos divulgou uma nota pública em defesa do sistema eleitoral brasileiro, afirmando que se trata de um "modelo para as nações do hemisfério e do mundo".
"Como já declaramos anteriormente, as eleições do Brasil são para os brasileiros decidirem. Os Estados Unidos confiam na força das instituições democráticas brasileiras. O país tem um forte histórico de eleições livres e justas, com transparência e altos níveis de participação dos eleitores", acrescenta o comunicado.