A luta de MMA entre o prefeito do município de Borba (a 149 quilômetros de Manaus), Simão Peixoto (PP), e seu adversário político, Erineu Alves da Silva, conhecido como Mirico, ganhou repercussão nacional e passará a ser investigada pelo Ministério Público do Estado do Amazonas (MPE-AM).
Em entrevista exclusiva ao programa Amazonas Urgente nesta terça-feira, 14/12, com o apresentador Eduardo Galvão, Mirico disse que não se arrepende da luta, mas que não aceitaria uma revanche e que o prefeito deveria lutar contra os problemas locais.
Erineu, que foi candidato a vereador pelo Podemos na última eleição, afirmou ter recebido proposta de R$ 2 mil em cachê pela luta, mas que só foi pago R$ 1 mil. “Me deram R$ 1 mil apenas de cachê, mas fiquei muito feliz porque muitas famílias serão ajudadas com a arrecadação. O prefeito falou que foram arrecadadas 4 toneladas de alimentos”, disse.
Briga política
As desavenças políticas iniciaram no mês de setembro, quando Erineu gravou um vídeo criticando o estado de conservação de um balneário da cidade. “Nasci e me criei dentro da cidade. Aquilo me revoltou, não gostaria de ver o nosso balneário daquele jeito”, afirmou.
“Fiz um vídeo e falei que ele ‘botasse pra cima de mim', como ele era acostumado a bater, mas não no ringue e ele já foi propondo que fosse uma luta para tirar as diferenças”, completou. Confira o vídeo na íntegra AQUI.
Luta em escola
A luta, que teve três rounds seguidos, ocorreu em um ginásio de escola e foi transmitida ao vivo pela Internet. A Prefeitura alegou que promoveu o evento com o objetivo de incentivar o esporte no município. Procurado pela equipe da TV Band, o prefeito Simão Peixoto não quis se manifestar a respeito.
O MPE-AM quer saber com que dinheiro a luta foi promovida. A Promotoria de Justiça de Borba instaurou inquérito para apurar possível prática de improbidade administrativa e deu um prazo de cinco dias para que o prefeito preste esclarecimentos sobre a participação no evento.
O evento, que reuniu uma multidão, também foi motivo de questionamento por parte da Fundação de Vigilância em Saúde Dra. Rosimary Costa Pinto, que também pediu esclarecimentos sobre a luta por conta da aglomeração. A prefeitura ainda não se pronunciou a respeitosobre o caso.
*Colaboração Vitor Masullo, da TV Band Amazonas