Em audiência realizada na manhã desta terça-feira, a Federação Internacional de Automobilismo (FIA) rejeitou o pedido de revisão da Ferrari sobre a punição de Carlos Sainz, na Austrália, por entender que a equipe italiana não apresentou elementos “novos e significativos e que não estavam disponíveis na hora do incidente”.
A Ferrari usou como base de argumentação dados de telemetria, o testemunho do próprio Sainz e depoimentos de outros pilotos, colhidos nas entrevistas pós-corrida.
A estratégia da Scuderia foi a mesma usada pela Force India, quando a equipe indiana conseguiu reverter uma punição, também de cinco segundos, para Sergio Pérez após um acidente com Felipe Massa no GP do Canadá de 2014.
Contudo, a FIA entende que as circunstâncias do acidente na Austrália são completamente diferentes, já que, no caso da Force India, Pérez foi levado ao hospital e não pôde dar sua versão aos comissários no momento da punição.
E já no caso de Sainz, os comissários entenderam que tinham elementos suficientes para punir o espanhol enquanto a corrida ainda estava em andamento, sem a necessidade do depoimento do piloto da Ferrari.
A Federação também chegou a conclusão que a telemetria apresentada pela Ferrari não ajudou muito a limpar a barra de Sainz. Em vez disso, segundo a própria FIA, os dados apresentados pela equipe de Maranello só serviram para deixar a ainda mais claro que Sainz foi o culpado pelo incidente com Fernando Alonso.