Um estudo realizado na Universidade de Durham mostra que mais de dois terços dos torcedores de futebol do sexo masculino têm atitudes hostis, sexistas ou misóginas em relação ao esporte feminino.
A pesquisa ouviu quase 2 mil torcedores de futebol masculino e detectou o que chama de “masculinidades abertamente misóginas”, independentemente da idade.
Um subgrupo de mais de 500 pessoas respondeu às perguntas específicas foi dividido em três categorias. A primeira faixa de 24% expressou forte apoio à cobertura igualitária do esporte feminino. No entanto, alguns do grupo aberto – 68% dos entrevistados – sugeriram que as mulheres não deveriam participar de esportes ou, se o fizessem, seriam mais adequadas para atividades mais “femininas”, como atletismo, em vez de futebol.
O co-autor John Williams, de Leicester, disse que “o aumento da cobertura da mídia do esporte feminino foi abertamente apoiado por alguns homens. Mas também representa claramente, para outros, uma ameaça visível”.
De acordo com a principal autoria do estudo, a professora Stancey Pope, o estudo aproveitou o fato do aumento da visibilidade do esporte feminino nos últimos anos, principalmente desde as Olimpíadas de Londres em 2012 e a Copa do Mundo Feminina de 2015 no Canadá.
“Nossa pesquisa mostrou que as atitudes em relação às mulheres no esporte estão, em certa medida, mudando, com atitudes mais progressivas. No entanto, as descobertas também refletem uma sociedade patriarcal na qual a misoginia é abundante. Havia inúmeros exemplos de homens de todas as gerações exibindo atitudes altamente sexistas e misóginas”, afirmou a professora.