Geraldo Alckmin usou seu perfil pessoal em uma rede social para anunciar nesta sexta-feira, 18/3, a filiação ao Partido Socialista Brasileiro (PSB). Ele publicou “O tempo da mudança chegou! Depois de conversar muito e ouvir muito eu decidi caminhar com o Partido Socialista Brasileiro – PSB. O momento exige grandeza política, espírito público e união”.
A colunista Mônica Bergamo antecipou a informação e disse que uma cerimônia em Brasília formalizará a chegada do político ao partido. O evento está marcado para a próxima quarta-feira, 23/3, às 10h.
O ex-tucano, que deixou o PSDB depois de 30 anos em dezembro passado, articula para ocupar a vaga de vice em uma futura chapa presidencial encabeçada pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Embora Lula já tenha deixado claro a intenção de disputar um novo mandato, a pré-candidatura ainda não foi apresentada oficialmente, o que deve ocorrer até o mês que vem.
Alckmin tinha convites para se filiar ao PV e ao Solidariedade. O político também flertou com o PSD, mas a legada comandada por Gilberto Kassab gostaria de lançar o ex-governador na disputa ao Palácio dos Bandeirantes.
A aproximação de Alckmin com Lula começou a ser costurada no ano passado por intermédio do ex-prefeito de São Paulo Fernando Haddad, do PT, e do ex-governador Márcio França, do PSB. Ambos são pré-candidato ao governo do estado e existem conversas em andamento para uma candidatura única, embora o entendimento pareça distante.
Em dezembro passado, Lula e Alckmin estiveram juntos no jantar do grupo Prerrogativas em São Paulo. Foi a primeira aparição pública de ambos juntos. Desde então, diferentes encontros privados aconteceram para costurar uma possível aliança política.
A chegada de Alckmin ao PSB pode dar novo fôlego nas negociações para a formação de uma federação partidária da legenda com o PT. No início do mês, o partido comandado por Carlos Siqueira tinha desistido da junção por divergências na formação de palanques estaduais. PCdoB e PV estão alinhos ao PT para a formação da federação.
A nova estrutura prevê a atuação conjunta das legendas por quatro anos e deve ser usada para aumentar a sustentação política no Congresso Nacional.