País – O principal nome lembrado ao falar do Plano Real é o de Fernando Henrique Cardoso. FHC, como também é conhecido, tem a história política confundida com a do plano que tirou o Brasil da hiperinflação.
Quarto ministro da Fazenda de Itamar Franco, FHC recebeu a missão de criar um novo plano econômico após o fracasso das estratégias anteriores. Para isso, o político reuniu uma equipe econômica com ideias inovadoras. Persio Arida, que esteve presente na elaboração do plano, avalia que as habilidades políticas e intelectuais de FHC foram essenciais.
“Foi fundamental. Se fosse apenas político, não tinha entendido o plano, só intelectual, não conseguia convencer. Ele conseguia trafegar pelos dois mundos. Ele tinha confiança, entendia a lógica do plano, isso é fundamental. Se não fosse ele na posição, dada a complexidade, não teria tido o Plano Real, com certeza”, afirma Persio Arida.
O diretor da Fundação FHC, Sergio Fausto, fala da qualidade de FHC no cargo à época. “Era o homem certo, no momento certo, no lugar certo e na hora certa”, diz.
Para conquistar a confiança da população, a aposta foi criar um plano sem surpresas. Tudo era previamente anunciado e explicado pelo ministro Fernando Henrique, como ele lembrou em entrevista ao Canal Livre.
“Meu papel no Plano Real foi falar, explicar ao povo, tem solução. Vamos falar, vai dar certo”, relembrou. No embalo do Plano Real, FHC deixou o Ministério da Fazenda e se candidatou à eleição presidencial, vencendo em 1998 o pleito.
O Plano Real, para o diretor Sergio Fausto, só foi possível por causa dos erros do passado. “O importante é que lições se podem extrair dos erros cometidos o problema está em quando você insiste em repetir os mesmos erros e não aprende com a história”, diz.
Atualmente, Fernando Henrique Cardoso tem 92 anos e não concede mais entrevistas. A Fundação FHC hoje é legado do ex-presidente e pai do Real no Brasil.
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Com informações do Band.com.br*