Tefé (AM) – Um homem de 19 anos foi preso em flagrante no último sábado (9), em Tefé (a 523 quilômetros de Manaus), acusado de tentar matar a própria companheira, de 33 anos, durante uma briga no bairro Fonte Boa. A vítima sofreu cortes profundos nas mãos, ferimento na coxa esquerda e hematomas na cabeça, após ser agredida com golpes de arma branca e chutes.
O caso foi registrado após denúncias anônimas informarem que gritos e pedidos de socorro eram ouvidos na residência do casal. Policiais militares foram até o local e encontraram a mulher ferida, conseguindo deter o agressor ainda na cena do crime.
Segundo o delegado Renato Ferraz, responsável pela Delegacia Interativa de Polícia (DIP) de Tefé, os cortes nas mãos da vítima são compatíveis com lesões de defesa, indicando que ela tentou se proteger dos ataques. A violência também deixou marcas na perna e na cabeça, demonstrando a gravidade da agressão.
Após ser socorrida, a mulher passou por exame de corpo de delito, que confirmou a extensão das lesões. Já o suspeito foi encaminhado para a delegacia, onde foi autuado em flagrante por tentativa de feminicídio.
O delegado ressaltou que a ação rápida da Polícia Militar e a atuação imediata da Polícia Civil evitaram um desfecho fatal. “Trata-se de um crime grave, em que a vítima correu risco real de perder a vida. A pronta intervenção das forças de segurança foi essencial para salvar a vítima. Este caso reforça a importância da denúncia e da resposta rápida no combate à violência contra a mulher”, afirmou Ferraz.
A prisão integra a Operação Shamar, ação nacional realizada durante todo o mês de agosto, com foco no enfrentamento à violência de gênero e no fortalecimento da rede de proteção às vítimas.
O acusado, identificado como Wesley Batista de Oliveira, já passou por audiência de custódia, onde o flagrante foi homologado e convertido em prisão preventiva. Ele permanece à disposição da Justiça no sistema prisional.
As autoridades reforçam que casos de violência doméstica devem ser denunciados imediatamente, seja pelo número 190 (Polícia Militar) ou pelo 180 (Central de Atendimento à Mulher), para garantir uma resposta rápida e proteger vidas.