O Dia do Trabalhador, neste domingo, 1º de Maio, terá em São Paulo atos dos dois principais grupos da disputa eleitoral deste ano.
O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), pré-candidato à Presidência da República, participa do tradicional ato das centrais sindicais no Pacaembu.
A 3 quilômetros dali, apoiadores do presidente Jair Bolsonaro (PL) devem fazer uma manifestação, na Avenida Paulista, com temas como o desagravo à condenação do deputado federal Daniel Silveira (PTB-RJ) pelo Supremo Tribunal Federal (STF) e críticas à Corte.
A celebração do Dia do Trabalhador, tradicionalmente comemorada no Brasil pelas centrais sindicais e pela esquerda, também tem sido reivindicada por grupos de apoio a Bolsonaro.
Lula
O tradicional ato das centrais sindicais ocorrerá este ano a partir das 10 horas, na praça Charles Miller, em frente do estádio do Pacaembu, na zona oeste paulistana.
O evento, organizado pela CUT (Central Única dos Trabalhadores), Força Sindical, CTB (Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil), UGT (União Geral dos Trabalhadores) e NCST (Nova Central Sindical de Trabalhadores).
Bolsonaristas
Aliados do presidente Jair Bolsonaro, segundo apurou reportagem do jornal Folha de S. Paulo, defendem que ele não participe dos atos em desagravo ao deputado federal Daniel Silveira (PTB-RJ) neste domingo, por temor de discursos radicalizados que possam acentuar a crise entre os Poderes.
Já integrantes do Legislativo e do Judiciário, com ou sem a presença do chefe do Executivo, temem que as manifestações possam reeditar os atos de raiz golpista de 7 de Setembro do ano passado.
Em São Paulo, grupos bolsonaristas marcaram ato próprio de 1 º de Maio para às 14 horas, na Avenida Paulista.
Organizado por grupos como “Nas Ruas”, o ato é parte de um movimento de apoiadores de Bolsonaro para tentar ligar a data ao bolsonarismo.
Neste sábado, durante visita a uma feira agropecuária em Uberaba (MG), Bolsonaro usou o evento oficial para convocar apoiadores a atos em seu favor.
Segundo ele, serão manifestações para mostrar que todos precisam jogar “dentro das quatro linhas da Constituição”, em recado ao STF (Supremo Tribunal Federal).
"[Aqueles] que, porventura, irão às ruas amanhã, não para protestar, mas para dizer que o Brasil está no caminho certo. Que o Brasil quer que todos joguem dentro das quatro linhas da Constituição. E dizer que não abrimos mão da nossa liberdade", disse.
"Amanhã não será dia de protestos. Será dia de união do nosso povo para um futuro cada vez melhor para todos nós”, discursou.
O evento consta da agenda oficial do presidente e teve transmissão ao vivo pela TV Brasil, do governo federal.