O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) segue em tratamento contra uma pneumonia diagnosticada na semana passada. A doença obrigou o adiamento da viagem que ele faria à China e aos Emirados Árabes. Nesta segunda-feira (27/3), a previsão de assessores é de que Lula despache do Palácio da Alvorada, residência oficial da Presidência da República.
Ministros e auxiliares mais próximos podem participar de audiências com o presidente, que deve voltar ao Palácio do Planalto, sede do gabinete presidencial, até o meio desta semana.
Lula segue em tratamento com antibiótico e é acompanhado pela equipe médica da Presidência.
A diplomacia chinesa lamentou o adiamento da viagem do brasileiro ao país asiático, mas enviou mensagem desejando a pronta recuperação do petista. Já existem tratativas para remarcar a visita de Estado, que pode ocorrer entre abril e maio. A previsão é de que Lula seja recebido por Xi Jinping e anuncie uma série de acordos bilaterais.
Uma comitiva com mais de cem empresários brasileiros, a maioria do agronegócio, segue no país asiático. O ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, acompanha o grupo, que tem reuniões marcadas com o lado chinês.
O não embarque de Lula e, por consequência, do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, pode adiantar o anúncio da nova regra fiscal. A chamada âncora fiscal de controle das contas públicas vai substituir o Teto de Gastos e estava suspensa até a volta da China.
Com o presidente em Brasília, também é esperada uma mediação na relação conturbada entre os comandos da Câmara e do Senado. Um impasse entre Arthur Lira (PP-AL) e Rodrigo Pacheco (PSD-MG), respectivos presidentes das Casas, impede a aprovação de Medidas Provisórias enviada pelo governo ao Congresso.
As MPs têm vigência imediata, mas precisam ser aprovadas por deputados e senadores em até 120 dias, caso contrário, perdem a validade. Entre as propostas estão a reorganização da Esplanada dos Ministérios e a reoneração dos combustíveis.