A Prefeitura de Manaus começou a realizar, nesta terça-feira, 24/5, a pesquisa larvária para monitoramento da presença do mosquito Aedes aegypti em áreas alagadas da cidade. A ação faz parte das estratégias da Secretaria Municipal de Saúde (Semsa) durante a operação Cheia 2022, e vai alcançar dez pontos da capital até o dia 31 deste mês.
O trabalho teve início na rua dos Barés, Centro, com coleta de amostras de larvas de mosquito. Os agentes de saúde também irão coletar o material em pontos dos bairros Aparecida, zona Sul, São Jorge e Glória, zona Oeste, Mauazinho e Colônia Antônio Aleixo, zona Leste.
“Nunca foi detectada a presença do Aedes aegypti nessas áreas alagadas, mas seguimos fazendo esse monitoramento todos os anos para verificar se o mosquito conseguiu se adaptar a esses ambientes ou não. O Aedes é vetor da dengue, zika e chikungunya, então o controle da proliferação de criadouros contribui para a redução de casos das doenças”, informou o chefe do Núcleo de Controle da Dengue da Semsa, Alciles Comape.
Caso a presença do Aedes seja confirmada, as equipes da Semsa irão realizar ações de borrifação, tratamento focal com larvicida, contra as larvas, e inseticida, contra o mosquito adulto.
“A gente também está sensibilizando a população sobre o descarte correto do lixo, pois nesse período de chuva, qualquer resíduo pode se tornar um criadouro do Aedes, como tampa de garrafa, copos, marmitas, entre outros. Nesse momento, o setor de Educação em Saúde está trazendo essas informações para a população”, destacou a chefe do setor de Educação em Saúde e Mobilização Social da Semsa, Lilian Zacarias.
Casos
Dados do Sistema Nacional de Informação de Agravos de Notificação (Sinan) apontam que Manaus teve uma redução de 72% no número de notificações de dengue, e queda de 77% na quantidade de casos confirmados nos primeiros cinco meses deste ano (até 19 de maio).
A capital registrou 1.035 notificações de dengue neste ano, e 590 casos foram confirmados. Nos cinco primeiros meses de 2021, foram 3.708 notificações da doença, que resultaram em 2.632 casos confirmados.
Em relação aos casos de zika, foram 59 notificações neste ano, enquanto no ano passado foram 76. O número de casos confirmados aumentou de 27, no ano passado, para 37 neste ano.
O município registrou 56 notificações de chikungunya neste ano, e teve 13 casos confirmados. Já no ano passado, de janeiro a maio, foram 79 casos notificados e 18 confirmados.