A Secretaria de Estado de Cultura e Economia Criativa vai inaugurar, nesta terça-feira, 8/2, o Memorial “Eternamente Zezinho Corrêa”, que conta a vida e obra do ícone amazonense em fatos, figurinos e imagens importantes da carreira do cantor. A homenagem vai fazer parte do roteiro de visita do Teatro Amazonas. O falecimento do artista completou um ano nesse domingo, 6/2.
O memorial, que está instalado na Sala de Música e Dança do patrimônio cultural, é composto por um painel que conta, em ordem cronológica, parte da história de Zezinho; dois figurinos especiais do acervo do cantor e ainda com um vídeo com momentos que marcaram a vida e a carreira do artista amazonense.
Para ter acesso ao espaço, é preciso agendar uma visita ao Teatro Amazonas em www.cultura.am.gov.br ou www.teatroamazonas.com.br. A visitação acontece de terça a sábado, das 9h às 15h, com entrada gratuita para amazonenses, mediante comprovação.
De acordo com o secretário de Estado de Cultura e Economia Criativa, Marcos Apolo Muniz, o memorial mantém vivo o legado do cantor que inspirou e continua inspirando artistas em todo o estado. “O Zezinho foi uma personalidade amazonense que conseguiu conquistar uma carreira internacional. E é no Teatro Amazonas, onde se formou e a história dele encontra morada, que ele vai seguir inspirando os nossos artistas e visitantes”, afirmou.
O jornalista Fabrício Nunes é um dos organizadores do memorial, em conjunto com o artista plástico Jandr Reis, e conta que a pesquisa sobre a obra do cantor foi feita com o auxílio do artista, ainda na produção da biografia de Zezinho, lançada poucos meses antes de seu falecimento.
“O Zé participou de tudo, falava tudo. Foram horas de entrevista. Para fazer o memorial foi muito complicado, porque resumir a vida de uma pessoa como Zé em apenas uma obra é difícil. Então procuramos destacar os pontos mais importantes da vida dele. Foi complicado, mas a gente conseguiu apresentar um bom resultado”, detalha o jornalista.
Sobre o artista
José Maria Nunes Corrêa, natural da comunidade de Imperatriz, em Carauari, ficou conhecido nacional e internacionalmente após o sucesso “Tic Tic Tac”, na década de 1990, quando liderava a banda Carrapicho.
Antes de se dedicar à carreira de cantor, Zezinho também fez curso de formação de atores, no Rio de Janeiro, e estudou interpretação e dança. Como ator, fez parte do Grupo de Teatro Experimental do Sesc, o Tesc, onde encenou espetáculos como “Folias do Látex” e “Tem Piranha no Pirarucu”.
Zezinho também investiu em carreira solo. Entre os destaques estão a sua participação no musical “Boi de Pano”, durante o Festival Amazonas de Ópera de 2000; a gravação do CD solo no Teatro Amazonas em 2001 e a participação no musical de Natal “Ceci e a Estrela”, em 2017.
No dia 28 de dezembro de 2020, o cantor participou do lançamento online do livro “Eu Quero é Tic, Tic, Tac”, escrito pelo jornalista e produtor cultural Fabrício Nunes. Zezinho faleceu aos 69 anos, no dia 6 de fevereiro de 2021, vítima da Covid-19.