Os militares lotados no Gabinete de Segurança Institucional (GSI) ouvidos pela Polícia Federal (PF), no último domingo (23/4), justificaram a ausência de uma postura mais dura no 8 de janeiro, dentro do Palácio do Planalto, para não piorarem a situação. Esses servidores foram filmados em meio a interações com os manifestantes que invadiram e depredaram a sede do governo federal.
A informação foi apurada pela Band Brasília com fontes da PF. Ontem, nove militares identificados foram ouvidos. Na última sexta-feira, o general da reserva Gonçalves Dias, ex-ministro do GSI também depôs.
Um dos militares, o major José Eduardo Natale Pereira, chega a dar água para os vândalos. No depoimento, informou que ofereceu água como uma moeda de troca para que os invasores descessem ao andar onde ocorriam as prisões.
A pedido do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), o GSI tornou públicas todas as imagens do Planalto referentes ao dia da invasão. Antes, o governo havia imposto sigilo. Semana passada, a CNN Brasil divulgou trechos de vídeos em que Gonçalves Dias transitava perto do gabinete presidencial.
Após a divulgação das imagens, Gonçalves Dias pediu demissão do GSI. A atuação do órgão está sob investigação da PF.