O Ministério Público de Contas ingressou com uma representação no Tribunal de Contas do Amazonas (TCE-AM) responsabilizando o governador Wilson Lima por possível má-gestão no desempenho do fomento público, de que resulta favorecimento ao desmatamento, queimadas e comércio de carne ilegal no estado.
Além de Wilson Lima, a representação também responsabiliza os membros titulares do Conselho de Desenvolvimento do Amazonas (Codam) por concessão de incentivo fiscal à implantação de frigoríficos em área crítica de grilagem e desmatamento ilegal no Sul do Amazonas.
De acordo com o MPC-AM, isso vem gerando a comercialização de “carne ilegal”, produto de “boi pirata”, comprado de pastos clandestinos e irregulares, resultantes de áreas griladas e ilicitamente desflorestadas para formação de pasto.
O Ministério Público de Contas defende que os agentes representados devem ser responsabilizados pelos danos florestais e ambientais decorrentes do desmatamento e queimadas, "motivadas pela conduta temerária e ilegal dos empreendimentos incentivados e dos desmatadores diretos".