O Ministério Público do Amazonas deflagrou a operação In Dextro Tempore no município de Coari. O objetivo é cumprir a Lei das Eleições, que proíbe a distribuição gratuita de bens, valores ou benefícios por parte da Administração Pública, seja ela estadual ou municipal, no período eleitoral, exceto nos casos de calamidade pública, de estado de emergência ou de programas sociais autorizados em lei e já em execução orçamentária no exercício anterior.
Durante a operação, a Justiça determinou a apreensão de cartões auxílio do governo do Amazonas que seriam distribuídos na cidade. A população que aguardava a entrega do benefício em um ginásio ficou revoltada após o material ser apreendido. A decisão da juíza Mônica Cristina Raposo da Câmara Chaves do Carmo leva em consideração a proximidade das eleições para prefeito de Coari.
A cidade de Coari vai realizar uma eleição suplementar no próximo dia 5 de dezembro para os cargos de Prefeito e Vice-Prefeito. Por isso, segundo o Ministério Público, a realização de programas, prestações ou doações podem configurar abuso de poder político e econômico, com desequilíbrio do pleito,
Eleições Suplementares
As eleições foram marcadas em Coari depois que o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) manteve a decisão do Tribunal Regional Eleitoral do Amazonas (TRE-AM) e cassou o mandato do prefeito do município de Coari, Adail Filho, eleito no ano passado. A justiça entendeu que Adail tenta exercer o terceiro mandato consecutivo entre membros da mesma família, o que é proibido.