País – A Mostra de Cineastas Amazonenses, por meio do Cineclube e Arte, apresenta no próximo sábado (24), a partir das 18h30, duas obras estreladas por Arnaldo Barreto. Seja na frente ou por trás das câmeras, o artista abrilhantou os longas-metragens “Entre Nós" e “Até que a última luz se apague”. Este último comemora seus 10 anos.
Em “Entre nós”, Arnaldo direciona a história, que conta o drama de Amália (Izabel Vega) e Jandira (Dione Maciel), que vivem na Amazônia, às margens do rio Tapajós. A trama acontece quando a jovem Amália (Fernanda Marquez) se envolve com os irmãos Ferreira, Renato (Lino Camilo) e Ricardo (Denis Carvalho) causando uma grande tragédia que marca para sempre a sua vida e a de todos da Vila Paraíso.
Primeiro longa de Arnaldo como diretor, a obra tem como proposta uma trama na qual o passado e o futuro sejam como um pêndulo, indo e voltando, com reflexos no presente dos personagens. Segundo o cineasta, a obra foi um recomeço de uma jornada em sua vida para o cinema.
“Quando lancei o filme, vi que tinha uma responsabilidade muito grande, não por estar rodando o meu primeiro longa metragem, mas por estar em cena com grandes atores e produtores, foi muito desafiador, apesar de ser um desejo antigo fazer um filme de época, em plena floresta Amazônica. A obra não foi feita para mim e sim para o espectador”, ressalta Arnaldo.
Em comemoração dos seus 10 anos, o filme “Até que a última luz se apague”, que rendeu os prêmios de melhor Diretor, melhor Direção de Arte e, a Arnaldo, o prêmio de Melhor Ator, no Festival de Cinema Guarnicê 2014, também será exibido na programação. Para o artista, o prêmio significou o anúncio de um potencial e que precisava continuar estudando e vendo suas possibilidades de construção na arte.
A Mostra de Cineastas Amazonense é realizada pela Secretaria de Estado de Cultura e Economia Criativa. De acordo com o titular da pasta, Marcos Apolo Muniz, o objetivo é valorizar os artistas locais, incentivando também a população a desenvolver o gosto pela sétima arte.
“Temos muitos artistas a serem descobertos e o mercado do audiovisual também tem muito a ser explorado, sendo fundamental para valorização do ambiente amazônico, bem como da nossa identidade amazônida e toda sua representatividade”, destaca Marcos Apolo.