Outros dirigentes da Caixa Econômica Federal, além do agora ex-presidente Pedro Guimarães, serão investigados pelo Ministério Público Federal por supostos assédios sexual e moral contra funcionários.
Nesta quarta-feira, 29, Guimarães deixou o cargo no banco público após ser alvo de denúncias de funcionárias. O governo anunciou a economista Daniella Marques como nova presidente da Caixa.
O anúncio de uma mulher para comandar o banco é uma tentativa do Palácio do Planalto do Planalto para cessar as críticas do eleitorado feminino, o mais reticente ao presidente Jair Bolsonaro, que concorrerá à reeleição em outubro.
Após as denúncias contra Pedro Guimarães, que é acusado de assédio sexual por funcionárias do banco, surgiram relatos de que outros executivos do banco tinham conhecimento do comportamento inadequado. Denúncias de assédio moral em reuniões internas também foram reveladas nos últimos dias.
Em nota, a Caixa Econômica confirmou pela primeira vez que investiga casos de assédio na instituição, mas não cita o nome de Guimarães ou de qualquer outro servido de carreira.
Guimarães era um dos auxiliares mais próximos do presidente Jair Bolsonaro e tentou se segurar no cargo mesmo após a revelação das denúncias pelo portal Metrópoles, o primeiro a noticiar o caso.