Amazonas – Polícias da 31ª Delegacia Interativa de Polícia (DIP) de Iranduba (a 27 quilômetros de Manaus), e do Departamento de Polícia do Interior (DPI), prenderam, nessa quarta-feira (29), um pastor, de 50 anos, por estupro de vulnerável cometido contra uma criança de 6 anos. Segundo a polícia, o homem era casado com a avó da vítima.
Conforme o delegado Raul Augusto Neto, titular da 31ª DIP, a criança morava na casa da avó e do autor desde 2022, período em que o infrator aproveitou para cometer os abusos sexuais. Na época, ela tinha apenas 4 anos. A avó da vítima faleceu em março de 2024, e a criança retornou a conviver com a mãe. Em janeiro deste ano, ela relatou que havia sido abusada pelo homem.
“As investigações começaram e a vítima foi ouvida em escuta especial, onde relatou que o indivíduo mostrava suas partes genitais para ela e tocava nas partes íntimas. Ele também a forçava a assistir a vídeos. O suspeito levava a criança para o banheiro e para a cozinha da residência, onde cometia os abusos. Após isso, ele a instruía a não contar nada a ninguém, pois caso contrário ele poderia fazer muito mal a ela e à mãe dela”, disse o delegado.
Com base nas evidências coletadas durante a investigação, foi solicitado à Justiça um mandado de busca e apreensão, bem como a prisão preventiva do autor. As ordens judiciais foram decretadas; ele foi localizado e preso. O aparelho celular dele também foi apreendido e passará por perícia para verificar se há mais provas do crime ou se existem outras vítimas.
Durante uma coletiva nesta quinta-feira (30) na Delegacia Geral (DG), o delegado Paulo Mavignier disse que somente em 2024, a 31ª DIP de Iranduba realizou 36 procedimentos relacionados a casos de abusos sexuais.
“Estamos enfrentando todo tipo de pedofilia e abuso sexual contra crianças; essa é uma bandeira prioritária da nossa gestão: combater e erradicar os estupradores do interior, especialmente quando se trata de crianças. A população está ajudando a polícia denunciando e os casos estão aumentando. Somente em janeiro, já registramos prisões de abusadores em 12 municípios”, concluiu Mavignier.