O Amazonas liderou, pela primeira vez, a lista de estados que mais desmataram no primeiro semestre na Amazônia, com 1.236 Km2, 30,9% do total. Em segundo lugar ficou oo Pará, com 1.105 Km2, 27,7% do total, seguido por Mato Grosso, com 845 Km2, 21,1% do total. Os dados foram divulgados nesta sexta-feira, 8/7, pelo Instituto de Pesquisas Espaciais (Inpe)
Segundo o instituto, dados do mês de junho mostram uma área destruída de 1.120 Km2, um recorde na série histórica e aumento de 5,5 % na área com alertas de desmatamento em relação aos registrados em junho de 2021. No acumulado do ano, essa área já chega a 3.988 Km2, número 10,6% maior que o mesmo período de 2021 que já havia sido recorde da série temporal.
O primeiro semestre deste ano teve quatro meses com recordes de alertas de desmatamento o que é uma péssima notícia pois existe muita matéria orgânica morta e com o verão Amazônico começando, período mais quente, com menos chuva e mais seco do ano, todo esse material serve como combustível para as queimadas e incêndios florestais criminosos que assolam a região, adoecem os moradores e dizimam a biodiversidade da maior floresta tropical do mundo.
“É mais um triste recorde para a floresta e seus povos. Esse número só confirma que o Governo Federal não tem capacidade, nem interesse, de combater toda essa destruição ambiental, seja por ação ou omissões o que vemos é uma escalada inaceitável da destruição da floresta e do massacre de seus povos e defensores”, declara Rômulo Batista, porta-voz da campanha Amazônia do Greenpeace Brasil.