Manaus – Uma etapa do projeto peixe-boi – manejo dos animais é uma etapa importante para avaliar a saúde e readaptação dos peixes-bois ao ambiente natural – do Laboratório de Mamíferos Aquáticos do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (LMA/Inpa/MCTI), em parceria com a Associação Amigos do Peixe-boi (Ampa), foi realizada na Fazenda Santa Rosa, no município de Iranduba, a 11 quilômetros de Manaus.
“O manejo dos peixes-bois é essencial para que a gente consiga verificar a adaptação dos animais ao novo ambiente antes de serem soltos na natureza. Fizemos a medição, pesagem, ultrassom e coleta de sangue para essa avaliação, além de realocar os animais de lago”, disse o veterinário e presidente da Ampa, Rodrigo Amaral.
A avaliação contínua é fundamental para compreender mais sobre como os peixes-bois estão reagindo ao ambiente seminatural e assim adaptar os cuidados conforme a necessidade dos animais, segundo os veterinários.
“Os animais estão em ótimo estado, um ou outro sentiu um pouco mais de dificuldade, mas, no geral, todos os vinte e um peixes-bois estão conseguindo se adaptar bem aos lagos seminaturais da fazenda”, disse o veterinário do Inpa, Anselmo d’Affonseca, que também participou da ação.
De acordo com a pesquisadora do Inpa, Vera da Silva, a saúde dos peixes-bois continuará sendo monitorada e, agora, haverá uma melhoria no bem-estar dos animais. “Para facilitar o manejo foi necessária essa transferência dos animais para um novo lago seminatural, menor e mais adequado para as necessidades atuais deles. Antes da soltura vamos realizar outro manejo para uma nova avaliação”, explica a coordenadora do projeto.
A etapa de soltura do projeto ocorre após a etapa de semicativeiro. Os animais são soltos, com cintos transmissores, nos rios da Amazônia, e está prevista para março de 2025. O Programa de Soltura já devolveu aos rios mais de 40 peixes-bois à natureza e a estimativa é devolver mais de 10 animais no próximo ano.
As ações do projeto Peixe-boi recebem o apoio do SeaWorld por meio do SeaWorld & Busch Gardens Conservation Fund, que apoia diversos projetos e promove a conservação da vida selvagem por meio da pesquisa e da educação.