O Partido Socialista Brasileiro (PSB) formalizou nesta sexta-feira, 7/4, em São Paulo, a indicação do ex-governador Geraldo Alckmin como candidato do partido à vice-presidente na chapa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para as eleições deste ano.
Uma carta assinada pelo presidente do PSB, Carlos Siqueira, destaca que “o que estará em questão nas eleições de 2022 é o confronto decisivo entre a democracia e autoritarismo”.
Quadro histórico do PSDB, Alckmin deixou a sigla no fim do ano passado para se filiar, em março, ao PSB. Ex-adversários, da polarização histórica entre PSDB e PT, o petista Lula e o ex-tucano Alckmin pretendem demonstrar com a chapa que ideias diversas podem coexistir em um eventual governo.
Lula disse que a polarização ultrapassou limites no ano em que o Brasil completa 200 anos de independência. “Era uma polarização civilizada, em que as pessoas se respeitam as pessoas se tratavam como humanos. Hoje não temos isso no Brasil. Hoje temos uma política de ódio, pré-estabelecida, onde o adversário não é adversário, é inimigo. O adversário não é para ser vencido, é para ser abatido”, criticou Lula.
Anunciado pela presidente do PT, Gleisi Hoffmann, – que tirou risos da plateia ao dizer “com a palavra, o companheiro Geraldo Alckmin” – o ex-tucano agradeceu ao PSB, a Lula e ao PT.
“A honra da indicação do nosso nome ao PT e a Lula”, disse.
Alckmin completou afirmando que o "momento é de união, para reconstrução do País”. “Para redemocratizar o Brasil, vamos contra um governo que atenta contra a democracia e atenta contra as instituições, disse Alckmin em discurso.
A pré-candidatura deve ser anunciada oficialmente em maio. Lula lidera as pesquisas de intenção de voto em todas as pesquisas registradas no Tribunal Superior Eleitoral neste ano.
Além do PSB, a candidatura deve contar com o apoio do PCdoB, PSOL, Solidariedade e PV. Lula e Alcmin devem participar de primeiro evento público em 1º de maio, em São Paulo, no Dia do Trabalhador, com a presença de centrais sindicais.