A Executiva do PSDB aprovou, na tarde desta quinta-feira, 9/6, o nome da senadora Simone Tebet (MDB) para representar a chamada “terceira via” composta por tucanos, Cidadania e MDB. A ala ligada ao deputado Aécio neves, defensora a uma candidatura própria, foi derrotada na votação de hoje.
“Na Executiva, votaram 33 membros. 32 votaram favorável à coligação com o MDB, com o nome de Simone Tebet e com o PSDB indicando o vice ou a vice. Teve um voto contrário e uma abstenção. No Senado, todos votaram de forma favorável a essa coligação, com um voto contrário. Agora, estamos aguardando o resultado da Câmara”, disse Bruno Araújo, presidente nacional do PSDB.
Candidatura própria do PSDB
Quem não gostou da decisão tucana foi Aécio Neves, que votou contrário ao nome de Tebet. O deputado insiste em candidatura própria, pois, para ele, o PSDB fora da cabeça de chapa é algo “ruim para o país”.
“Considero que, para o país, era necessário que o PSDB tivesse uma candidatura própria para sinalizar ao futuro para o que eu chamo de reinstitucionalização da política. O PSDB ausente, nesta eleição, é muito ruim para o partido, mas acredito que seja ruim para o país”, disse Aécio.
Entraves para aprovar Tebet
As negociações com o PSDB em torno do nome de Tebet passaram por outros entraves. Além da negativa de Aécio, o partido quer que o MDB abra caminho para a pré-candidatura do ex-governador Eduardo Leite no Rio Grande do Sul (PSDB) em troca do apoio tucano em nível nacional.
Simone Tebet figurou como principal nome entre os líderes do PSDB, Cidadania e MDB após pesquisas internas mostrarem que a sul-mato-grossense tinha rejeição menor que a do ex-governador João Doria. Devido a pressões do próprio partido, o então pré-candidato paulista, vencedor das prévias tucanas, desistiu da corrida presidencial.
Racha no PSDB
A saída de Doria da disputa evidenciou um racha no PSDB. Inclusive, o ex-governador chegou a trocar farpas públicas contra Bruno Araújo. Uma carta em que denunciava “tentativa de golpe” foi enviada para o dirigente partidário.
Se for confirmado o apoio do PSDB à candidatura de Tebet até as convenções partidárias, em agosto, esta será a primeira vez, desde 1989, que o ninho tucano não encabeçará uma chapa majoritária na corrida presidencial.